Fredrik Soderstrom espera uma equipa capaz de voltar a criar azia ao líder incontestável, mesmo com um compatriota de potência assustadora
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Com 137 jogos e 12 golos pelo Vitória, Soderstrom desenhou a partir de Guimarães longa carreira em Portugal. O impacto levou-o ao FC Porto, mais tarde ao Braga, conhecendo as três camisolas envolvidas na luta por um pódio. Objetivo mais difícil para os conquistadores, obrigados a visitar Alvalade, enfrentarem os vários perigos do potencial campeão e, mais que tudo, de um compatriota do antigo médio: Gyokeres.
Antigo médio sueco passou pelo clube de 1996 a 2001, fazendo 137 jogos. Esteve num empate em Alvalade com golo de Gilmar, era Quinito o treinador. Feliz com época apenas “normal” do Vitória.
“Pode ganhar e tenho a certeza que vai entrar para ganhar, sabendo que está num campo difícil. Mas se entra bem, pode sacar um bom resultado...”, adianta o sueco, rendido ao comportamento do Vitória, “clube especial” da sua vida, em 2023/24 e às pretensões que ostenta. “Tem de ser assim, não pode ser de outro jeito. O Vitória é uma equipa grande, tem de estar sempre nos cinco primeiros e lutar por algo mais. Vivem, portanto, uma época normal, mas certamente com um grande trabalho do Álvaro Pacheco, que soube criar um grupo forte e confiante. Nota-se que não têm medo de ninguém!”, evidencia Fredrik, que ainda passa recorrentemente por Portugal, mantendo casa junto à praia. “Vi os jogos contra o FC Porto e fui ao D. Afonso Henriques na primeira volta. É uma boa equipa, organizada, que está a lançar vários jovens. Pode criar problemas a qualquer rival”, assinalou, desenvolvendo o seu conhecimento. “Jota é muito interessante, faz golos e assistências e trabalha muito. Aprecio ainda Manu Silva, Händel e Tiago Silva, este mais experiente.”
Ao serviço do Vitória, na primeira vez que defrontava o Sporting, o antigo médio até trouxe pontos de Alvalade, num empate 1-1, com golo de Gilmar. “Tínhamos uma equipa muito forte, um plantel realmente fantástico. Agora aposto num 2-1, marcam o Manu, de cabeça, e o Jota num lance confuso. Pelo Sporting é provável que marque Gyokeres”, avisa, de olho na luta em curso. “Com o seu poder, o FC Porto dificilmente será ultrapassado, mesmo com uma época menos boa. Tem outro peso e força, só se o Braga ou o Vitória fizessem algo de fenomenal para chegarem ao terceiro. Nada é impossível, são todos grandes clubes. Joguei em todos!”, gaba-se, dando confiança ao setor recuado na missão hercúlea de travar Gyokeres. “Os três centrais do Vitória, mesmo com mexidas, fazem, por norma, excelente trabalho, são fortes no um para um, duros, e também sabem jogar. O Gyokeres obriga a vigiar mais a profundidade, é preciso muito foco e têm de estar desconfiados de tudo”.
De olho em Jota e no compatriota
Soderstrom, também agente, conhece o assédio a Jota e a Gyokeres. “Era melhor dar um salto em Portugal, antes de ir para fora. Ainda pode crescer muito”, diz sobre o português, passando a avaliar o compatriota: “Toda a gente ficou surpreendida pelo impacto em Portugal. Entrou com o pé direito e foi sempre a marcar. É mais fácil gerar surpresa no primeiro ano, uma segunda época será mais difícil. O Sporting pede um preço muito alto, que só os ingleses podem pagar. Esteve forte no Championship, mas a Premier League é outra coisa.”