Equipa em melhor forma? Conceição responde e lembra "catástrofe" de Vila do Conde
Declarações do treinador do FC Porto, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Famalicão, referente à segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal (20h30)
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Gestão do grupo: "Não dou nada a ninguém, não vou dar minutos a este rapaz nesta competição, porque é simpático. É porque merecem. Os que jogam, obviamente estão contentes no momento, os que estão no banco têm de ter respeito pelos que estão em casa, os que joga têm de ter respeito por quem está no banco. Há uma competitividade boa dentro do grupo de trabalho e cabe-me a mim escolher. Poderá, como aconteceu em Famalicão, jogar outro jogador, depende do que é a estratégia para o jogo, olhando um bocadinho para o adversário, e depois para o momento dos jogadores. Um jogador fresco pode dar-me no jogo algo que outro que, com características diferentes e mais fadiga, não dá. Aí falo da tal gestão, mas isso não é gestão, é escolher os que estão melhores. Toda a gente tem a sua importância e os seus minutos durante a época."
A questão da equipa em melhor forma: "Foi aquela pergunta que me deixou entre a espada e a parede. Se eu vou dizer que é o FC Porto, vão dizer 'lá vem este', se vou dizer que é o adversário, dizem 'então mas este gajo não dá a mão à equipa que tem?'. Por isso é que não quis responder. A forma das equipas muda de um jogo para o outro, dou sempre o exemplo da primeira volta. Vencemos o Sporting, fomos jogar com o Rio Ave e foi uma catástrofe, talvez a pior primeira parte desde que sou treinador. Se primeira parte com o Rio Ave, foi uma catástrofe e a pior primeira parte desde que sou treinador. Se quisermos gerir alguma coisa as coisas vão dar para o torto e não passamos. Tenho um grandíssimo respeito pelo Famalicão, tem jogadores de qualidade e jogam bem organizados defensivamente, perigosos a atacar. Não há gestão, é olhar para os jogadores dentro daquilo que é estrategicamente definido por mim, vamos lá para dentro com aqueles que dão garantias numa fase inicial. Posso, estrategicamente, deixar um ou outro [no banco]."
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Consistência: "Andamos sempre à procura da consistência exibicional, mas a todos os níveis. Desde resultados, em que as pessoas possam vibrar com um resultado volumoso, mas nem sempre é possível. Aproximamo-nos do final e os jogos ganham o seu peso, uma dimensão diferente. Muitas vezes, estar ganhar 1-0 ou 2-1 se calhar é mais a vontade de estar por cima do marcador que ir por cima de outro golo que nos dê a tranquilidade do jogo. Um bocadinho como o público estava contra o Boavista, em certa altura, se calhar era mais o medo de perder do que a vontade de ganhar. E pode compreender-se da parte do público e da parte da equipa. Numa fase diferente da equipa, com certeza que a resposta é outra. Se me pergunta o que trabalhamos, queremos a partir do 2-1 ir para cima do 3-1, não defender o 2-1, sempre foi a nossa postura aqui."
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