Villas-Boas considera que cerimónias fúnebres do antecessor “poderiam ter sido ainda mais dignas e elevadas”. Memorial espontâneo que nasceu em redor do Dragão tem como destino “local privilegiado”, anuncia.
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Foi difícil não ter estado no funeral de Pinto da Costa?
-Foi difícil para mim, mas toda a gente sabe que o ato eleitoral foi forte em trocas de piropos e de mimos, sendo que depois tive a felicidade de ainda estar com o presidente e partilhar a liderança da presidência entre clube e SAD, embora gostasse que tivesse sido de outra forma. Partilhámos essa presidência e momentos intensos, como o final do campeonato anterior e a conquista da Taça de Portugal, simbolicamente agarrada por dois presidentes. No entanto, compreendo o seu posicionamento. Escreveu em livro e sempre tive intenções de o respeitar. Custou-me muito ter sido difícil convencer a família para que o presidente passasse os últimos momentos no Estádio do Dragão, porque a verdade é que a cerimónia poderia ter sido ainda mais digna e elevada. Penso que honrou o FC Porto e honrou Jorge Nuno Pinto da Costa, mas poderia ter sido muito melhor.
Respeito a família e também os desejos do presidente. O que tornou a sua partida ainda mais emocional foram as declarações de respeito, de amor e toda a emoção que envolveu o memorial, o curto tempo que esteve no Estádio do Dragão e também o relembrar do que foram todas as suas conquistas no FC Porto. Gostava que o seu velório tivesse sido feito aqui, mas não tenho qualquer autoridade para decidir e essa autoridade foi escrita pelo próprio em livro e pelas decisões da família.