O FC Porto vive uma época com resultados desportivos abaixo das expectativas. Onze meses depois da eleição, o presidente portista aceitou o desafio para falar de tudo na entrevista O JOGO/JN.
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Numa fase de grandes transformações internas, André Villas-Boas falou detalhadamente da equipa e traçou planos para o futuro.
A época não está a correr bem e até mudou de treinador. Quando sentiu que Vítor Bruno não tinha margem para continuar?
-Foi a forma e o conteúdo como as coisas estavam a acontecer. Houve derrotas na Taça da Liga, Nacional, Gil Vicente e depois uma quebra de confiança evidente entre jogadores e treinador, o que nos levou a tomar uma decisão. Já fui treinador e já sofri na pele estas quebras de confiança, portanto consigo identificá-las. Infelizmente paga sempre o mesmo e tenho pena de termos chegado a esse ponto. Confesso que o mesmo está relacionado não só com esses jogos, mas com o facto de nunca termos conseguido obter regularidade competitiva e de sucesso que nos tranquilizasse. Essa tranquilidade só foi conseguida em dezembro, onde atingimos um conjunto de vitórias. Deu-nos a sensação de que poderíamos ter encontrado a forma e a confiança para chegarmos ao jogo com o Nacional e à final four da Taça da Liga, mas também sermos finalmente primeiros classificados e de, nessa altura, ter colocado o Sporting e o Benfica a cinco pontos de distância. Aconteceu o contrário. Tenho pena, acho que o Vítor é um excelente treinador e triunfará. Já muitos treinadores do FC Porto saíram sem sucesso e são considerados referências, como Luís Castro e Nuno Espírito Santo. Não tenho dúvidas que o Vítor chegará a esse patamar. Acabou por viver um momento de turbulência enorme, pela mudança de presidente e do treinador mais vitorioso de sempre no FC Porto como era Sérgio Conceição.

