Transferência do avançado iraniano poderia valer encaixe financeiro para travar a debandada de atletas.
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Este domingo pode decidir-se o futuro do Aves. No contrarrelógio para resolver os problemas financeiros, dia 20 de julho, segunda-feira, é determinante para saber se a equipa terá condições para se apresentar em campo no jogo de terça-feira, de receção ao Benfica, e depois em Portimão, no derradeiro jogo da temporada e cujo resultado o Aves pediu para não ser contabilizado, alegando falta de verdade desportiva por não se poder apresentar com o mesmo plantel com que participou nos jogos anteriores.
A situação valeu reuniões de urgência entre Liga, SAD e clube, na sexta-feira, numa tentativa de travar um imbróglio regulamentar que pode ser considerado desistência e valer desclassificação do clube, alterando as contas do campeonato.
Se não for pago até amanhã pelo menos um mês de salário aos jogadores, todo o plantel pode rescindir com efeitos imediatos, podendo estar em causa as condições de receção ao Benfica
Para poder ter jogadores e terminar a prova, a SAD tem de, pelo menos, liquidar até amanhã um mês de salário a todos os jogadores (25) para que os atletas não possam rescindir de imediato, por incumprimento a 90 dias, já que têm em falta os meses de abril, maio e junho.
Uma das soluções pode passar pela concretização da transferência de Mohammadi, melhor marcador do Aves no campeonato. O avançado iraniano esteve para sair em janeiro, para o Celtic de Glasgow, mas o emblema escocês não chegou aos dois milhões pedidos pelo Aves, na altura. Agora, é cobiçado pelo mercado europeu, mas O JOGO sabe que há clubes da I Liga nacional interessados no negócio. Numa corrida contra o tempo, os administradores da SAD tentam vender o atleta e poder fazer de imediato um encaixe financeiro com parte inicial da verba envolvida para fazer face a um mês de salário.
Paralelamente, a SAD tenta ainda convencer a Liga a adiantar o montante atribuído aos clubes que descem à II Liga, num valor que ronda os 153 mil euros, algo que o organismo que tutela o futebol nacional não está disposto a fazer, até porque carece de um parecer prévio do Conselho Fiscal.