Após época em branco, as águias viram ex-jogadores vencer cinco ligas.
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A época de 2020/21 fechou definitivamente na noite de sábado com a final da Liga dos Campeões, onde o Chelsea superou o Manchester City, novo campeão inglês onde alinham Ederson, Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva, quarteto com formação cumprida nas escolas do Benfica.
A estes quatro jogadores juntam-se ainda na contabilidade final da temporada mais seis que também passaram pelo Seixal e que conquistaram o troféu de campeão nacional, mas... fora de Portugal.
São eles, nas principais ligas europeias, João Félix (Atlético de Madrid, em Espanha), Renato Sanches (Lille, França) e Tiago Dantas (Bayern), assim como Tiago Silva, Cafú e Pêpê Rodrigues, que alinharam pelo campeão grego, o Olympiacos. Dez atletas "made in Seixal" que celebraram títulos no estrangeiro em contraste com a realidade vivida pelo Benfica numa época onde a regra foi o forte investimento externo e um recuo na aposta na formação.
Numa temporada onde ficou notória a capacidade dos encarnados em produzir talento aproveitado por algumas das grandes equipas da Europa, foi também evidente a reduzida expressão que os atuais jovens vindos do Seixal tiveram no plantel de Jorge Jesus. Diogo Gonçalves, que regressou de empréstimo ao Famalicão, foi o caso de maior sucesso na Luz esta época, tendo jogado 1753 minutos, seguindo-se Nuno Tavares (1273"). Gonçalo Ramos (383"), João Ferreira (305"), Morato (173") e Tiago Araújo (21") tiveram passagens mais residuais pela equipa principal enquanto que Tomás Tavares, Ferro ou Jota acabaram emprestados. Uma clara prova de que o espaço para a afirmação de atletas vindos da formação sofreu um recuo em relação ao passado recente.
Ainda olhando para os ex-Benfica que esta época ergueram títulos de campeões na condição de emigrantes, destaque para o valor global que já geraram no mercado do futebol. As contas feitas por O JOGO e reproduzidas em rodapé, revelam que, após as suas várias transferências, fizeram mexer mais de 483 milhões de euros, com João Félix e João Cancelo a serem os maiores geradores deste "cashflow".