Declarações após o jogo Farense-Arouca (0-1), da sexta jornada da I Liga, disputado este domingo no Estádio de São Luís, em Faro
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José Mota (treinador do Farense): “Sabíamos o que valia o jogo, quer para nós, quer para o adversário. O adversário entrou menos ansioso e nós tivemos algumas dificuldades, devido a alguma ansiedade, em ter o controlo do jogo, um posicionamento mais adequado, melhor receção e melhor passe. Tudo isso fez com que essa ansiedade se apoderasse cada vez mais da equipa. Para piorar essa situação, aconteceu o golo – com mérito do adversário –, na sequência de um escorregão, de um ressalto, e numa transição em que deixámos o adversário ser feliz no remate. Na segunda parte, estivemos melhor em todos os aspetos, obrigando o adversário a ser uma equipa mais recuada. Tentámos por todos os lados, as alterações deram mais agressividade, tivemos três ou quatro chances muito boas, o guarda-redes fez duas ou três defesas. Tudo isso contrariou o que pretendíamos. Os jogadores mostraram uma dedicação enorme, um grande querer, trabalharam muito e acho que merecíamos um resultado diferente.
Sou uma pessoa direta. Eu, se não sentisse [ter condições para continuar], a primeira pessoa com quem tinha de falar era o presidente. Se eu não tivesse um jogo em que os meus jogadores fizeram tudo para que as coisas fossem diferentes, se eu sentisse que a equipa não tinha alma, seria o primeiro a perceber isso. Sei que são seis derrotas, eu também nunca tive seis derrotas seguidas, com tudo isto a gente bate de frente e pensa que é um momento extremamente difícil. É, mas isto é para homens. Aceito o descontentamento. Quem perde seis jogos, os sócios não podem estar contentes. Eu também não estou contente com estes resultados. Compete-me saber porque é que acontecem. Hoje aconteceu porque não fizemos golos. Não foi um jogo mal conseguido, só foi mal conseguido porque não fizemos golos. Dominámos muito o adversário, na segunda parte então foi muitas vezes sufocante. Para aquilo que criámos, temos de fazer golos”.