"É um contexto completamente diferente, não estava a habituado a este ritmo e intensidade"
Guilherme Paula foi uma das revelações dos serranos, que só carimbaram a permanência na última jornada. Um empate na receção ao Caldas (1-1) foi suficiente para evitar a descida, visto que o Oliveira do Hospital também empatou na visita ao Lusitânia (2-2), mas as informações dos Açores chegaram a assustar.
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Desafiado a fazer um balanço da temporada do Covilhã, Guilherme Paula assumiu ter sido “uma época com altos e baixos”, mas, apesar das dificuldades, “a equipa conseguiu o segundo objetivo, que era a permanência na Liga 3, e todos ficaram felizes”. Para isso acontecer, os serranos tiveram de sofrer até ao fim, porque na última jornada, embora não dependessem de terceiros, podiam ainda ser ultrapassados pelo Oliveira do Hospital, caso não vencessem na receção ao Caldas. Os dois jogos terminaram empatados, deixando tudo na mesma, com a equipa de Leandro Grimi a festejar no final, apesar de ter passado por alguns sustos.
“Sabíamos que o Lusitânia estava a ganhar ao Oliveira do Hospital quando empatámos e já não tivemos pressa de ir para cima do Caldas, porque o empate dava. Quando acabou o jogo, vimos que havia um penálti para o Oliveira do Hospital. Aí ficámos mais nervosos. Eles fizeram o 2-2 e se tivessem feito mais algum golo, podíamos descer. Ainda tiveram outra oportunidade, mas, felizmente, falharam”, recordou o médio, de 20 anos, revelando que, no final, as atenções estavam centradas nas incidências que chegavam dos Açores.
Já sobre o desempenho diante do Caldas, Guilherme Paula lamentou “o nevoeiro, que interrompeu o jogo duas vezes”, facto que “quebrou o ritmo” da sua equipa, então por cima no jogo. Depois, o adversário marcou “no primeiro remate à baliza”. Na segunda parte, o golo da igualdade de Konaté “deu mais força ao grupo para lutar pelo objetivo”.
Proveniente da distrital de Castelo Branco (Fundão), Guilherme confessa que não esperava ter tantos minutos, nem terminar como o terceiro melhor marcador da equipa (cinco golos), só superado por Diogo Ramalho (oito) e Lucas Duarte (12). “Este é um contexto completamente diferente, não estava a habituado a este ritmo e intensidade. Há muito mais qualidade e não esperava jogar tanto. Por isso, faço um balanço positivo deste salto”, avaliou.
Sobre a posição em que rende mais, diz que tanto pode jogar a médio como a extremo, mas prefere as alas. “O Grimi apostou mais em mim como extremo e o Francisco Chaló como médio. Jogar a extremo dá-me outras vantagens, outra liberdade, pois sou um jogador rápido, que decide bem”, contou, elogiando o argentino que passou pelo Sporting. “Trouxe ideias novas. Cada treinador tem a sua maneira diferente de gerir o plantel. Nos primeiros cinco jogos conseguimos uma série sem derrotas. Houve depois alguma inconsistência, mas conseguimos replicar bem o que o Grimi pediu”, destacou.