E-Toupeira: Paulo Gonçalves prometeu emprego no museu a familiar de José Augusto Silva
Inspetor Marques dos Santos contou o teor de algumas conversas entre o ex-assessor jurídico do Benfica e os arguidos do processo e-Toupeira.
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Na parte da tarde da segunda sessão do julgamento do processo e-Toupeira, a coletiva de juízas ouviu Marques dos Santos, um inspetor da PJ que investigou o caso, que terá participado em várias vigilâncias aos três arguidos do processo: Paulo Gonçalves, José Augusto Silva e Júlio Loureiro.
Numa das vigilâncias, foi intercetada uma conversa no qual o ex-assessor jurídico do Benfica terá prometido um emprego no museu Cosme Damião a um familiar de José Augusto Silva.
"Estavam a combinar que o curriculum podia ser entregue a Paulo Gonçalves", referiu o inspetor, que também falou em provas de trocas de camisolas entre Paulo Gonçalves e Júlio Loureiro, bem como num jogo no Estádio da Luz em que os três arguidos estiveram presentes.
O primeiro a ser ouvido na parte da tarde foi João Amado Gomes, coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária, que diz ter tido uma reunião com Paulo Gonçalves, "nas instalações da Luz", porque a propósito de outra investigação que fazia, à segurança social, que envolvia corrupção com funcionários, se detetou "transferência de centenas de milhares de euros para uma conta que o banco veio a identificar como sendo do Benfica".
Daí contactou Paulo Gonçalves como diretor jurídico do Benfica e teve uma reunião presencial com este, para esclarecimento da situação. Diz que foi a única intervenção neste processo e-Toupeira.