E-Toupeira: advogado considera que Luís Filipe Vieira "devia ter sido constituído arguido"
Joaquim Oliveira foi o único a falar antes do início das audições no âmbito da fase de instrução do processo e-Toupeira.
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Joaquim Oliveira, advogado que representa "adeptos de futebol" que se constituíram assistentes - cuja identidade recusou revelar - no processo e-Toupeira, foi o único a falar antes do início das audições, esta quarta-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).
"O objetivo é descobrir a verdade material do que aconteceu", afirmou aos jornalistas o advogado, que revelou apenas que está a representar adeptos que se constituíram como auxiliares da acusação.
Questionado sobre o objetivo deste pedido, Joaquim Oliveira disse que os seus representantes querem funcionar como "um fiscal do processo em si". "Todos estamos aqui a falar de desporto. A ética tem que prevalecer sobre questões menos claras", acrescentou.
Questionado sobre a opção de José Augusto, oficial de justiça e único dos arguidos em prisão domiciliária, que desistiu de prestar declarações, levando a que ficasse sem efeito a sessão de terça-feira que marcaria o arranque da fase instrutória, Joaquim Oliveira mostrou-se espantado:
"Enquanto advogado nunca vi uma coisa destas. O único arguido que está em prisão preventiva desistir da instrução", lançou.
Já sobre o facto de o presidente da SAD do Benfica, Luís Filipe Vieira, não ter sido constituído arguido, Joaquim Oliveira considerou que o líder benfiquista, "enquanto presidente da SAD, é o rosto executivo e, como tal, devia ter sido" constituído arguido.
Quanto às expectativas que tem sobre a instrução deste processo, o advogado sublinhou que as diligências começam esta quarta-feira e que vão durar até ao fim do mês, pelo que não quis avançar com a sua opinião pessoal.