"É difícil passar por Djaló. FC Porto é o sítio ideal para encontrar a confiança"
Central deve estrear-se na Taça e o técnico que o lapidou no Lille, Jocelyn Gourvennec, recorda um caminho de ascensão, gabando-lhe as valências nos duelos
Corpo do artigo
Ao cabo de quase dois meses de competição na época em curso, Tiago Djaló é o único reforço do FC Porto que continua em busca da estreia. A espera, porém, deverá terminar no domingo, frente ao Sintrense, na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Cedido pela Juventus até ao final da temporada, o central vem de um ano e meio com apenas uma partida oficial disputada, fruto de uma lesão grave que levou vários meses a debelar, mas quem conhece Djaló acredita que as qualidades permanecem intactas. “Só guardo boas memórias. Sei que as coisas não lhe saíram como ele desejava na Juventus, mas o FC Porto é o sítio ideal para encontrar a confiança e continuidade que lhe têm faltado. Quando assinou, até lhe enviei mensagem. É impressionante o que faz no um para um a defender. Antecipa muito bem e lê a profundidade. É rápido, muito rápido, o que faz com que seja muito difícil passar por ele”, afiança, a O JOGO, Jocelyn Gourvennec, treinador responsável pela afirmação plena do defesa no Lille.
Decorria a época 2021/22 e os “dogues” vinham de um ano de sonho, coroado com a conquista da Liga francesa. “Substituí o treinador campeão [Christophe Galtier] e desde o início percebi que estava ali um jogador muito bom, com a atitude certa. Não era fácil para o Tiago, porque estava um pouco frustrado com o ano anterior, no qual o José Fonte e o Sven Botman foram titulares. O Tiago era o terceiro central e saltava de uma posição para outra. Senti-o mais confiante depois de algumas conversas comigo. Foi importante perceber o que eu tinha na cabeça. Posso dizer que, a partir daí, vi o Tiago melhorar durante toda a temporada”, relata o técnico francês, especificando os aspetos centrais dessa evolução do agora jogador do FC Porto. “Tentei explicar-lhe que, apesar de estar confortável com a bola, queria que jogasse mais rapidamente no primeiro passe, para organizar jogo. Podia ser mais dinâmico nesse aspeto”, recorda Gourvennec.