Auxiliares de Nuno Vieira já apresentaram queixa e estiveram ontem no Instituto de Medicina Legal. O árbitro vai apresentar queixa contra terceiros e pede punição severa para os agressores
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Depois da agressão, na final entre os estudantes da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douto (UTAD) e os estudantes da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP), na sexta-feira, em Aveiro, os auxiliares foram vistos no Instituto de Medicina Legal. Nuno Vieira, árbitro principal no jogo, vai também oficializar queixa contra desconhecidos. "Ainda não apresentei queixa porque, ao contrário dos meus colegas, não consegui ver o número da camisola do agressor", explica Nuno Vieira, agredido por um atleta que estava no banco, de colete.
Com 25 anos, árbitro há três, diz nunca ter passado por uma situação semelhante, mas percebeu que o ambiente estava crispado. "Foi um jogo difícil de gerir pela conduta dos jogadores da UTAD, jogavam duro, mas, sim, fiquei surpreendido com a violência final. Não há nada que justifique aquilo. É estupidez humana." No Estádio Municipal de Aveiro, o policiamento era "zero" e "foi chamado no fim do jogo, chegando quando estávamos já no balneário".
O árbitro de Aveiro defende uma ligação entre "o desporto universitário e o federado, porque a maior parte destes jogadores é federada na FPF e deviam ser punidos, com multas e mesmo com trabalho comunitário. As punições deviam ser pesadas".