Arranque é já amanhã e, daqui a um mês, a equipa minhota joga na Eslovénia. Com várias experiências europeias, Rui Pedro Silva indica estratégias para quem começa mais cedo; O que fazer quando a época começa um pouco mais cedo e quando há um mês para preparar o primeiro jogo a doer? O técnico revela planos e preocupações após ter passado por situações idênticas.
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É já no domingo o primeiro dia do resto da época 2023/24 para o Vitória de Guimarães. E, dentro de um mês, a 27 de julho, terá o primeiro compromisso oficial, na Eslovénia, contra o NK Celje, para a primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência. "Esse duelo deve ser encarado como um jogo de final de pré-época. Já muitos treinadores o fizeram e acho que é o caminho adequado", defende Rui Pedro Silva, que passou por situações idênticas como adjunto de Jesualdo Ferreira e, sobretudo, de Nuno Espírito Santo, como aconteceu, por exemplo, no Wolverhampton, onde esteve quatro épocas. "Esse jogo não deve ser observado como o primeiro da época, em que temos de estar cem por cento prontos, mas devemos encará-lo como um dos jogos de pré-época onde já temos os jogadores capacitados para fazer 70, 80 minutos", adianta Rui Pedro, que se estreou como treinador principal no Famalicão.
Uma das estratégias utilizadas, conta, "era gerir as intensidades no jogo". "Em determinado momento colocar uma intensidade máxima, mas, durante o jogo, ser capaz de geri-la e baixar o ritmo. E, se tal for feito, somos capazes de controlar melhor lesões e o que é o início de época", defende, acrescentando que, não sendo uma partida normal, a meio da época, "é melhor preparar os jogadores com cargas e níveis de intensidade diferentes."
Rui Pedro Silva considera que "é um erro querer fazer em três ou quatro semanas de pré-época o que normalmente se faz em seis". A estratégia a adotar, neste caso específico, "é preparar os jogadores para essa exigência, ajustar o nível de cargas emocionais e ser um bocadinho mais exigente nessas cargas". Convém também ter em conta que, quando forem disputar o jogo da Liga Conferência, os "jogadores ainda não estão totalmente preparados para os 90 minutos", sendo, por isso, "importante ter a capacidade de fazer essa gestão."
Outra estratégia fundamental é "fazer um trabalho prévio antes da pré-época". "Há, obviamente, sempre uma leitura interna, mas os jogadores não podem parar neste mês, devem fazer um trabalho suplementar nas férias", aponta, revelando que nas equipas onde esteve, "o preparador-físico preparava um plano com corridas ou um trabalho de força, de forma a que os jogadores não perdessem tudo o que é a sua capacidade física."
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Boa gestão de cargas e de treino
Rui Pedro Silva entende que "as equipas que começam mais cedo têm a vantagem de iniciar a competição interna com um ritmo mais elevado" e podem, por isso, ter "alguma vantagem no arranque do campeonato". No entanto, sublinha, "se não for feita uma boa gestão de cargas e de treino pode refletir-se esse cansaço, físico e mental, ao longo da época". Por outro lado, acrescenta, "se for atingido o objetivo de entrar na fase de grupos da Liga Conferência, isso elevará os níveis anímicos", mas se não for concretizado, "a equipa poderá começar com os níveis anímicos mais baixos e entrar na Liga de uma forma mais preocupante."
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