Duarte Gomes e o caso no Benfica-Casa Pia: "Não é penálti, há um erro do árbitro"

Diretor técnico de arbitragem analisou os principais lances de arbitragem da décima jornada da I Liga, dizendo que houve um erro do árbitro, mas não do VAR. "Segundo as nossas instruções, o VAR não tinha margem para intervir", apontou Duarte Gomes
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No espaço de comentário sobre os lances de arbitragem que tem no Canal 11, Duarte Gomes, diretor técnico nacional de arbitragem, considerou que o penálti polémico assinalado contra o Benfica no empate (2-2) com o Casa Pia foi mal assinalado. Aos 62 minutos, o árbitro da partido assinalou grande penalidade por mão de António Silva, na sequência de um ressalto.
Trubin até defendeu o castigo máximo, mas Tomás Araújo marcou na própria baliza, na sequência dessa defesa.
"Não é penálti, há um erro do árbitro da partida. Quando falamos de ressaltos temos de ver se aquele jogador, a sua abordagem inicial foi de risco alto? Ele levantou os braços ou cresceu para tapar a baliza? A bola toca-lhe no lado direito da anca, ele recolhe o braço direito para evitar o contacto com a bola ou para se proteger do penálti e a bola, de forma inesperada e a curtíssima distância, resvala para o seu movimento de rotação para a esquerda, que é um movimento defensivo depois do contacto. Isto para nós é o padrão de não haver penálti. As instruções do VAR que aplicamos são emanadas da UEFA. Tem de haver um erro claro, óvio, muito evidente do árbitro. Para haver intervenção não pode haver a mínima subjetividade de interpretação de que o árbitro cometeu um erro. A interpretação do árbitro tem a ver com a posição anormal do braço para aquele movimento defensivo. Nós discordamos da opinião e queremos que este tipo de lances não sejam punidos com pontapé de penálti, mas entendemos, face às instruções claras que demos, que este lance não tem margem suficiente de clareza e evidência para haver intervenção. Se no momento anterior à abordagem ao lance já estivesse numa posição tipo guarda-redes de andebol, uma posição desnecessária, com um braço paralelo ao relvado ou mais levantado e depois a bola fosse ali bater, não havia ressalto que lhe valesse a ele ou a qualquer jogador. Segundo as nossas instruções, o VAR não tinha margem para intervir", comentou Duarte Gomes.

