Goleados na Luz, minhotos continuam sem vencer jogos grandes esta época. Um registo bem distinto da anterior.
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Os clássicos transformaram-se num problema para o Braga nesta temporada e a goleada sofrida na Luz não deixou margem para dúvidas: os arsenalistas não venceram ainda nenhum dos grandes e, incluindo também na pesquisa o maior rival do Minho, o melhor que conseguiram este ano foi empatar com o V. Guimarães (2-2), na Pedreira.
Resultados que não fariam parte, por certo, das previsões do treinador Carlos Carvalhal e que contribuíram para um começo de época modesto no plano nacional, aquém das expectativas.
De resto, o aviso surgiu logo na Supertaça, disputada no final de julho, jogo em que o Sporting levaria a melhor por 2-1; depois, já a meio de agosto, os leões voltariam a ganhar, pelo mesmo resultado, em Braga, em jogo da segunda jornada do campeonato.
Olhando para o passado recente, estes desfechos específicos até nem surpreendem. Afinal, os leões nunca foram batidos pelo Braga (transformando-se numa espécie de besta negra) em 2020/21, época que se revelou muito favorável aos minhotos nos jogos grandes. Em casa e fora, o rival V. Guimarães foi sempre derrotado, por exemplo. O Benfica acabou por ser surpreendido por 2-3, para o campeonato, no mesmo palco onde agora aplicou chapa seis (6-1), vingando depois essa derrota com um triunfo na Pedreira, na segunda volta. Os bracarenses tiveram, porém, mais motivos para sorrir, pois ainda venceram o Benfica por 2-1 nas meias finais da Taça da Liga e por 2-0 na final da Taça da Portugal.
Na caminhada para a conquista deste segundo troféu, a equipa comandada por Carlos Carvalhal levou a melhor sobre o FC Porto nas meias finais, empatando (1-1) primeiro em casa e depois vencendo no Dragão por 2-3. Já no campeonato, os portistas venceriam em casa por 3-1, não conseguindo depois repetir a dose na Pedreira (2-2). Na condição de anfitriões, os dragões serão o próximo teste do Braga em clássicos, numa partida prevista para 12 de dezembro, e na ressaca do último jogo do Grupo F da Liga Europa, frente ao Estrela Vermelha.
Receita pós-Leicester esquecida
O tempo reduzido para descansar de um jogo europeu (Ludogorets), de que se lamentou Carlos Carvalhal no final do jogo com o Benfica, não foi problema há um ano. Após visita ao Leicester, para a Liga Europa, a equipa só dispunha de três dias para viajar e descansar até à visita ao Benfica e, a pensar no desgaste dos jogadores, o treinador resolveu mudar meia equipa, fazendo alinhar de início, por exemplo, Francisco Moura, que contribuiria com dois golos para uma vitória por 2-3. Desta vez, o treinador foi mais conservador nas opções.