O cenário relatado por O JOGO em março vai confirmar-se no final deste mês, com o afastamento do administrador da SAD.
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Domingos Soares de Oliveira deixará oficialmente o Benfica no último dia deste mês, não estando previsto que regresse ao seu gabinete em julho, mês que coincide com o arranque da pré-época de 2023/24, confirmando-se a informação avançada por O JOGO no início de março.
Rui Costa e o co-CEO da SAD estão a finalizar os termos do acordo que oficializará a separação entre as partes e que implicará uma despesa considerável da sociedade.
Soares de Oliveira abandona agora a cúpula do poder benfiquista, que partilhou durante muitos anos com Luís Filipe Vieira na presidência. Atualmente, entre remuneração fixa e variável, o administrador levava para casa mais de 400 mil euros por ano - 369 mil euros mais 98 mil em bónus em 2021/22 -, ele que ainda tinha mais dois anos de mandato, pelos quais terá de ser ressarcido. A este montante irá somar-se ainda a indemnização inerente aos cerca de 19 anos de ligação ao Benfica, o que fará disparar a fasquia dos milhões.
A decisão de saída foi tomada em reunião dos órgãos sociais, depois de o Ministério Público ter acusado a SAD do Benfica, a Benfica Estádio, Luís Filipe Vieira, Soares de Oliveira e mais quatro arguidos e uma empresa de crimes de fraude fiscal e falsificação de documentos, no âmbito do processo Saco Azul. Este caso tornou mais delicada a posição do co-CEO na sociedade, aumentando, em simultâneo, a pressão interna sobre o presidente no sentido de um afastamento que o vice-presidente Luís Mendes fintou, a 22 de maio, à RR, quando afirmou que "neste momento" não tinham "nada preparado" para esta saída.
A SAD terá agora de avaliar o impacto da demissão de Soares de Oliveira, que até pode resultar em mais demissões solidárias, o que obrigará a uma reestruturação do Conselho de Administração.
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