Diretor da Seleção Nacional destaca algumas das ideias implementadas pela nova Direção. “Agilidade e transparência” são palavras chave nas respostas
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O que o fez aceitar o desafio de se tornar dirigente na FPF?
—Acima de tudo, foi o projeto. A FPF vive uma nova era de governação, com um modelo assente numa estrutura organizacional mais ágil, transparente, profissionalizada e de aproximação aos sócios. A mudança está em curso e toda a estrutura federativa está a adaptar-se a essa nova era. Houve uma reorganização das empresas que gerem o património e as diferentes atividades da FPF, de forma a torná-las mais ágeis, transparentes e de acordo com a vanguarda das boas práticas. Temos mantido uma política de proximidade permanente, com visitas a muitos clubes e associações. Já se sentem mudanças a vários níveis.
Quais as alterações que destaca?
—Recentemente, foi anunciada a criação do Comité de Ética, presidido por Emanuel Medeiros. É um órgão consultivo que permite aconselhar a Direção na adoção de boas práticas de governança, para garantir os mais elevados padrões de ética e transparência. Foi ainda feita uma aposta dos mecanismos de integridade e transparência, através da plataforma da integridade, bem como a certificação de normas anticorrupção. Todos os agentes sabem que este é o caminho: transparência de processos, escrutínio e integridade são essenciais para o prestígio do futebol português. É uma era de diálogo, não de conversa.
A Direção Técnica Nacional também tem um novo rosto. O que muda em relação ao passado na organização?
—É importante contextualizar que a FPF tem, hoje, 19 comissões em que os representantes dos sócios federativos, juntamente com peritos da academia e de diferentes áreas da sociedade, contribuem com diferentes perspetivas para melhorar o futebol português. Estas comissões, coordenadas pelo professor Manuel Nunes, valem pela quantidade de temas abrangidos e pela qualidade das pessoas convocadas. Associações distritais, de classe e Liga estão presentes, todos têm voz. É aqui que chegamos à questão do Diretor Técnico Nacional. Óscar Tojo começou como coordenador técnico e a primeira coisa que fez foi visitar e reunir com as 22 associações regionais e com clubes. Queremos criar uma identidade do jogador português e esse trabalho tem de ser feito desde a base até às Seleções Nacionais.
Internamente, estamos a falar de “outra” Federação e de um corte com a gestão anterior?
—Como disse, é uma nova era, com vários exemplos. Pela primeira vez houve um processo de seleção dos delegados absolutamente transparente, com um concurso rigoroso. Os delegados da FPF vão passar a ter uma carreira, como aconteceu na Liga também com Pedro Proença. A abordagem profissional é também visível na arbitragem, na promoção da indústria com o Portugal Football Summit ou na criação da Fundação FPF. Esta nova era é a que o futebol português escolheu e traduz o compromisso de toda a equipa liderada pelo presidente Pedro Proença. Há uma nova forma de pensar e de agir, de modo a podermos mostrar ao Mundo, em 2030, a excelência de Portugal no acolhimento de grandes eventos como o Mundial. Todos sairemos vencedores deste projeto.