Indivíduo identificado como Marcelo Tavares, alegando "estar a mando" de Rosário Teixeira, procurador do MP, tentou extorquir dinheiro a Bruno Macedo e ao "rei dos frangos"
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Disfarçado de investigador, um homem, apresentado como Marcelo Tavares, exigiu o pagamento de três milhões de euros ao empresário Bruno Macedo e ao acionista encarnado José António dos Santos, sob o pretexto de entregar a autoridades.
Segundo a revista "Sábado", Marcelo Tavares, que teve idêntico comportamento para com Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, assegurou aos arguidos da Operação Cartão Vermelho estar "em missão" pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), sob tutela do Ministério Público.
Marcelo Tavares, que esteve detido temporariamente pela Polícia Judiciária (PJ), comunicou por telefone a Paula Lourenço, advogada de Bruno Macedo, e a José António dos Santos que havia um assunto relacionado com a Justiça para ser tratado, pedindo discrição.
Os três milhões de euros pedidos por Marcelo Tavares, num encontro realizado num hotel de Lisboa, tinham, referiu o sujeito de acordo com a "Sábado", como destino Rosário Teixeira, procurador do Ministério Público que interrogou Bruno Macedo, o "rei dos frangos" e Luís Filipe Vieira, no âmbito do 'Cartão Vermelho'.
Aceite a reunião com o indivíduo, por, segundo a "Sábado", "estar a mando" de Rosário Teixeira, a advogada e o empresário deslocaram-se, primeiro, ao hotel Sheraton, no centro de Lisboa, em 7 de janeiro, mas o encontro foi remarcado, nesse dia, para o VIP Grand Hotel, a três quilómetros, para maior privacidade.
Paula Lourenço, advogada de José António dos Santos, e Bruno Macedo perceberam, depois, que se tratava, afinal, de uma tentativa de extorsão.