Do mãos de Ferro ao fogo europeu: algumas das histórias do novo livro de Pinto da Costa
Novo livro de Pinto da Costa chega às livrarias na quinta-feira. O JOGO desvenda-lhe algumas das histórias narradas pelo presidente do FC Porto
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O quarto livro da autoria de Pinto da Costa chega às livrarias na quinta-feira e proporciona aos leitores uma viagem pela história do FC Porto, narrada pelo homem que comanda os destinos do clube azul e branco desde 1982.
Líder portista lembra que foi a partir de 1982 que os dragões começaram a "queimar" equipas na UEFA, mas que foi um triunfo com o Arsenal, em 1948, que fez os adeptos acreditar que era possível
"A chama do nosso Dragão" é uma obra recheada de fotografias de momentos marcantes, como um encontro particular em 1948 frente ao então todo-poderoso Arsenal, que se apresentou na Invicta após uma goleada (4-0) obtida contra uma equipa formada pelos melhores jogadores de Benfica e Sporting.
"Imaginem no que estava toda a gente a pensar quando, no último jogo, o Arsenal se deslocou à Invicta para defrontar o FC Porto no Estádio do Lima... Íamos ser goleados, pela certa. Na verdade, surpreendendo o mundo do futebol, o FC Porto venceu esse jogo por 3 a 2", conta Pinto da Costa, num dos capítulos do livro a que O JOGO teve acesso. "Nos últimos minutos, que foram de aflição, valeu-nos o grande Barrigana, o nosso guarda-redes. As fotografias dos jornais, reproduzidas no museu, mostram-no a saltar, destemido, contra o adversário, sustendo a bola nas mãos de ferro, e assim foi durante quase todo o jogo", recorda.
O triunfo obtido frente ao Arsenal, lembra Pinto da Costa, "teve algum impacto no mundo do futebol europeu, subitamente interessado em saber quem era aquela equipa, de uma pequena cidade, que fora capaz de travar a caminhada vitoriosa do grande clube inglês". "Mas o impacto maior foi no coração dos adeptos, que começavam a perceber que o FC Porto tinha boas equipas, bons jogadores, capazes de ganhar a superequipas europeias", garante o autor da obra, que 34 anos mais tarde iniciaria um percurso de sucesso na presidência dos dragões.
"Eu repetia aos jogadores: não tenham problemas. Ninguém foge ao seu destino, e o vosso destino é vencer."
"Ao apresentar o meu programa, em 1982, eu dissera que nos meus planos estava levar o FC Porto a uma final europeia. E foi já com esse espírito que o Clube, nos anos seguintes, começou a queimar algumas equipas europeias", conta, numa alusão à caminhada até à final da Taça das Taças, durante a qual repetiu sempre uma ideia. "Estivesse sol, chuva ou nevoeiro, eu repetia aos jogadores: "Não tenham problemas. Ninguém foge ao seu destino, e o vosso destino é vencer." E eles acreditavam", afiança Pinto da Costa, que veria o troféu escapar para a Juventus, num encontro disputado em Basileia, onde o plantel lidou com experiências únicas até então.
"A equipa ficou instalada num hotel que foi invadido por adeptos do FC Porto a pedirem autógrafos. Havia jogadores deslumbrados com as atenções que recebiam da imprensa estrangeira e de algumas marcas que queriam negociar com eles contratos publicitários, coisa que então era novidade", escreve o presidente mais titulado do mundo.
Livro em pré-venda desde o dia 3
Depois de Largos dias têm 100 anos (2004), 31 anos de presidência, 31 decisões (2013) e Até ao Mar Azul (2018), Pinto da Costa lança agora A chama do nosso Dragão. Uma obra com 288 páginas, em pré-venda desde 3 de novembro e com o preço de venda ao público de 19,90 euros.