Luís Pinho, presidente da Mesa da AG, está a estudar alternativa que não deve passar, neste momento, por um ato eleitoral. Criação de uma comissão administrativa é a hipótese mais forte.
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A ameaça pairava sobre o Cesarense desde segunda-feira à noite, quando, em assembleia geral, o presidente Paulo Santos abandonou a reunião dizendo que se demitia. O vazio diretivo foi confirmado ontem, quinta-feira.
"Chegou hoje [ontem] a oficialização da demissão, por carta, do presidente Paulo Santos e do tesoureiro Nuno Azevedo", disse a O JOGO o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Luís Pinho. A juntar-se a estas, Luís Pinho sabe que a carta de demissão do vice-presidente da Direção deve chegar durante o dia de hoje, fazendo com que a "Direção caia automaticamente".
"Temos de resolver a situação e vamos resolver de certeza. Faltam três meses para o fim do mandato, por isso não devo convocar novas eleições. O mais provável é avançar-se com uma comissão administrativa. Vou reunir-me com todas as empresas e ver como podemos resolver a situação", disse o presidente da AG, o dirigente com mais anos no clube (seis como tesoureiro e oito como presidente da AG).
A solução da comissão administrativa assume maior probabilidade atendendo ao valor da dívida do clube. "Deu-se um passo maior do que a perna. A situação está caótica. O anterior presidente deixou uma dívida de 100 mil euros, mas a dívida atual poderá chegar aos 300 mil euros", assumiu o dirigente, garantindo que vão pagar a todos.
Contactado pelo nosso jornal, Paulo Santos, no cargo de presidente há duas épocas, preferiu deixar para mais tarde os esclarecimentos que levaram à sua demissão, dizendo apenas que ela "vai com atraso" e se deveu a "motivos de saúde e falta de apoio das pessoas de Cesar".