Central está em pleno Ramadão e O JOGO conta-lhe os planos do Sporting para contornar a privação alimentar. “Não comíamos nem cozinhávamos à frente dos jovens muçulmanos”, detalha Peter Villadsen, pai adotivo do costa-marfinense na Dinamarca, acreditando que o atleta está “habituado” ao jejum.
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Diomande começou anteontem a cumprir o Ramadão, período de jejum sagrado para os muçulmanos. Implica, diretamente, que não possa ingerir qualquer alimento, sólido ou líquido, até ao crepúsculo do pôr do sol. O jogador de 20 anos, sabe O JOGO, segue rigorosamente a norma, o que obriga a uma gestão cuidada neste período, uma vez que o jejum vai durar até 9 de abril: como tal afetará cinco jogos do Sporting - Atalanta, para a Liga Europa, fora, Benfica também fora, na Taça de Portugal e na Liga diante dos encarnados e Boavista, em Alvalade, e Estrela da Amadora na Reboleira.
A gestão não preocupa em demasia, porque já em 2022/23 aconteceu com sucesso e o atleta está habituado. “O clube e o jogador resolvem isso sem precisarem de muito mais ajuda”, começa por contar Peter Villadsen, pai adotivo de Diomande na Dinamarca, relembrando já os tempos do Midtjylland, quando o acolheu em casa ainda júnior, aos 17 anos. “Alguns comem durante o dia, mas a maioria está habituada e não o faz. Tínhamos o cuidado de nunca tentar influenciar nesse parâmetro”, prossegue Peter, afável, até contando uma curiosidade na sua casa em Herning: “Não comíamos nem cozinhávamos em frente aos jovens jogadores muçulmanos no período do Ramadão. Foi o mesmo com o Ousmane. E, normalmente, até esperávamos e jantávamos todos juntos ao final da tarde, já quando era noite.”