Declarações do treinador Vasco Botelho da Costa na antevisão ao jogo frente ao Gil Vicente
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Gil Vicente com dificuldades diferentes: "Do ponto de vista tático, por aquilo que o Gil tem feito, apresenta algumas semelhanças com situações que já experimentámos e vivenciamos neste campeonato. Mas nunca é a mesma coisa, porque os jogadores são diferentes, há ali alguma versatilidade ao nível da construção e ligação do que é a equipa do Gil, que pode adotar um meio-campo com um jogador mais posicional, ou até mesmo com dois, e isso modifica a construção. É uma equipa com muita qualidade, bem trabalhada, com um processo bem vincado e que nos vai colocar problemas. Sabemos as dificuldades que vamos encontrar, mas não fugimos àquilo que é a nossa identidade, colocarmos o foco em nós e controlar grande parte do jogo com bola, mas que também tenha segurança sem a bola. Vai ser um jogo difícil, como são todos os jogos da I Liga, especialmente fora de nossa casa. Mas julgamos estar preparados."
Melhor início de época na I Liga: "Influencia o dia a dia. Quando ganhamos temos muito mais confiança e as coisas saem de uma forma mais natural, mas não quero que sejam os resultados a balizar 100% daquilo que é o nosso trabalho e o nosso dia a dia, o que tem de balizar é o que fazemos, o jogo jogado. Não é por termos ganho que somos uma equipa fantástica e imbatível. Temos os nossos pontos menos bons, sobre os quais trabalhamos diariamente para que possam ser melhorados. E depois também há a dimensão estratégica do jogo, em que a equipa do Gil Vicente também é forte, e temos de estar preparados. Muitas vezes é a vitória que provoca o relaxamento, uma falsa sensação de que está tudo bem, e que pode, em determinado momento, ser um adversário extra. Queremos evitar isso. Não queremos ser nós a colocar dificuldades a nós mesmos só porque achamos que somos uma equipa que se calhar ainda não somos e que a vitória acaba por aparecer com naturalidade. Não é isso que pensamos, temos que nos agarrar ao trabalho, ao sacrifício e ao espírito competitivo."
César Peixoto: "Ele conhece os nossos jogadores, mas eles também o conhecem a ele. Isso faz parte e não é coisa a que dê demasiada importância porque mudam sempre as caraterísticas. No caso do Moreirense as da equipa técnica, que procura coisas diferentes, e no do Gil mudam as dos jogadores. E mesmo que o treinador possa ter uma ideia similar os interpretes são outros. Isso é algo que fica completamente fora do jogo porque acredito que o César faça a preparação do jogo em função daquilo que o Moreirense tem apresentado com as ideias desta equipa técnica, como nós preparamos em função do que o Gil tem apresentado e das boas ideias do César.
Apoio: "Em grande parte do jogo com o V. Guimarães sentimos o apoio fantástico dos nossos adeptos e temos notícias que há autocarros cheios para a deslocação a Barcelos. E isso é sinal que estamos a fazer as coisas bem feitas, que os adeptos do Moreirense se identificam com o que apresentamos semanalmente, e vão ser uma força extra para as dificuldades do jogo. Queremos corresponder com a conquista dos três pontos."
Diogo Travassos e Luís Hemir como reforços: "São dois reforços com formação em equipas grandes, que se encaixam no projeto do Moreirense, e que apesar de jovens sentimos que estão preparados para as exigências da I Liga. O que procuramos é ter um plantel o mais homogéneo possível e, ao mesmo tempo, jogadores com caraterísticas diferentes para as mesmas posições."