Guarda-redes será uma das novidades de uma equipa a precisar urgentemente de fechar a baliza. Média de golos sofridos após duas jornadas é das mais altas dos portistas neste século nas provas europeias. Entre os participantes na Liga Europa, somente o Besiktas apresenta um registo pior.
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A incapacidade para manter a baliza a salvo nas duas primeiras jornadas da Liga Europa são uma ferida aberta que o FC Porto precisa urgentemente de tapar na receção ao Hoffenheim se não quiser sofrer mais dissabores na competição. A média de três golos sofridos por jogo é demasiado alta para os padrões fixados pelos portistas na prova desde o início do século, sendo até uma das mais elevadas do clube na UEFA no período em análise, a par das épocas de 2022/23 e 2005/06, em que disputaram a Liga dos Campeões. No modelo competitivo anterior, em que os clubes realizavam menos jornadas na primeira fase, os dragões só por uma vez conseguiram avançar para a etapa seguinte da prova em questão com um registo idêntico (2022/23). No atual, as hipóteses de apuramento para a fase seguinte deverão ser, apesar de tudo, mais alargadas, até porque ainda estão por cumprir seis jornadas na fase regular desta edição, em que somente o Besiktas (3,5) apresenta um registo defensivo mais negro do que o dos azuis e brancos.
Seja como for, Vítor Bruno pretende estancar a hemorragia e, nesse sentido, prepara-se para fazer regressar Diogo Costa à baliza, na esperança de que o guarda-redes consiga liderar um setor carente de uma voz de comando. O internacional português foi poupado da viagem à Amadora, onde os dragões se apresentaram com Cláudio Ramos entre os postes contra o Sintrense, mas tem agora via aberta para a titularidade.
João Mário, Nehuén Pérez e Moura deverão merecer a confiança de Vítor Bruno esta noite, sendo que a dúvida reside na entrada de Zé Pedro ou na continuidade de Tiago Djaló. O primeiro tem a vantagem de ter alinhado na maioria dos jogos esta temporada, enquanto o segundo apresenta a exibição autoritária e o golo na Taça de Portugal como principais argumentos. Com um ou outro, a ferida pede por um penso rápido.
Os “totalistas” reunidos no onze
Fechada a primeira dúzia de jogos do FC Porto esta época, apenas dois jogadores tiveram a oportunidade de somar minutos em todos: Galeno e Nico González. O espanhol foi suplente utilizado contra o Sintrense, na Taça de Portugal, mas voltará a partilhar a titularidade com o brasileiro para o assalto à baliza do Hoffenheim. Samu e Pepê, que fizeram os três golos dos dragões na jornada anterior da fase regular da Liga Europa, contra o Manchester United, deverão ser os outros elementos com presença mais próxima da área dos alemães.