"Diogo Costa em Milão foi impressionante, com aquele tipo de defesas que têm de ser aplaudidas"
O indiscutível da baliza chegará aos 100 jogos pelo FC Porto numa eliminatória que ajudou a manter viva. Sébastien Frey, ex-Inter, antecipa "um grande futuro" ao internacional luso.
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Além de decisiva para o FC Porto, a segunda mão da eliminatória com o Inter terá, para o bem ou para mal, contornos especiais para Diogo Costa.
Antigo guarda-redes francês lembra que a esperança dos dragões na reviravolta em muito se deve ao 99, que brilhou na primeira mão. "Fico feliz por ver colegas de baliza tão valiosos", diz a O JOGO.
Esta terça-feira, no Dragão, o guarda-redes dos campeões nacionais vai realizar o centésimo jogo pela equipa principal, esperando abrilhantar a noite com a ambicionada reviravolta. Um desejo que subsiste muito à conta do camisola 99, decisivo para manter a derrota portista na margem mínima (1-0) em Milão, Poucos foram os que ficaram indiferentes à espantosa defesa em cima do intervalo, que contou, inclusive, com o aplauso de um... ex-Inter. Em conversa com O JOGO, Sébastien Frey não escondeu ter ficado de boca aberta.
"O Diogo Costa fez uma grande atuação em Milão, foi impressionante, assinando aquele tipo de defesas que têm de ser aplaudidas. É muito por essas intervenções que a qualificação também é possível para o FC Porto", assinalou o antigo internacional francês.
"Está a ter um percurso muito destacado nesta Champions. Terá um grande futuro"
Diogo estreou-se na equipa A do FC Porto em 2019, frente ao Santa Clara, na Taça da Liga e, em menos de quatro anos, agarrou a titularidade - algo que replicou na Seleção -, mostrando-se ao mundo no palco milionário da Champions, onde tem brilhado, apesar dos tenros 23 anos. Um cenário familiar para Frey, que assinou pelo Inter em 1998, a troco de 14 M€, quando tinha apenas 18.
"Está a ter um grande percurso, pelo que consigo observar, muito destacado nesta Champions. Terá grande futuro certamente, fico feliz por ver colegas de baliza tão valiosos", prosseguiu o antigo guardião, que acabaria por deixar os "nerazzurri" em 2001, rumo ao Parma, curiosamente na troca que levou Sérgio Conceição - que também merece elogios - para o Giuseppe Meazza.
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O centenário guarda-redes será a última barreira no caminho do Inter, mas Frey, agora com 42 anos, antecipa outro tipo de dificuldades adicionais para o clube que representou. "A primeira mão foi muito disputada. Acho que a equipa de Conceição, jogando em casa, vai atacar e procurar empurrar o Inter, aproveitando a força dos adeptos. Será um jogo muito quente, nada fácil para o Inter", atirou. Na terça-feira será a prova dos nove.
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