ENTREVISTA, PARTE I - Guarda-redes do FC Porto fez um balanço positivo da época que passou e projetou um futuro com muitos sucesso. Últimos três jogos da época, - final da Taça de Portugal incluída - também decisivos.
Corpo do artigo
Diogo Costa chegou ao final da época com 15 jogos realizados pelo FC Porto e, mais importante ainda, com o selo de garantia de qualidade que as boas exibições lhe acrescentaram. Na hora de fazer um balanço, o guarda-redes recorda as palavras de Vítor Baía, os conselhos de Iker Casillas e também a forma como o FC Porto conquistou a dobradinha.
"Trabalhei muito durante o tempo em que estive sem jogar. Nessa altura, melhorei em vários aspetos do meu jogo"
Depois de ter terminado a época com três jogos consecutivos como titular, sente que já está preparado para dar o seu contributo à equipa em qualquer situação?
-Sim, penso que sim. Trabalhei muito forte durante o tempo em que estive sem jogar com regularidade. Nessa altura, melhorei os aspetos que senti que precisava de aperfeiçoar. Apesar disso, o contributo que posso continuar a dar à equipa não vem apenas desses três jogos, mas sim de tudo o que tenho demonstrado no clube ao longo destes anos.
Passou de quarto para segundo na hierarquia dos guarda-redes e acabou a época com 15 jogos. Era esta a evolução que tinha projetado para a sua carreira?
-Sinceramente, não consigo dizer se era isto que esperava... É difícil responder a esta pergunta. O que posso dizer é que estou muito feliz com a vida que tenho e agora é continuar a trabalhar para conseguir cada vez mais.
Qual foi o jogo que mais o marcou nesta caminhada?
-Foi com o Boavista, no Bessa. Devido ao que aconteceu na altura [Marchesín, Saravia, Uribe e Luis Díaz foram afastados da convocatória por terem estado na festa de aniversário da esposa de Uribe], foi uma situação inesperada, sendo que dei uma boa resposta, mesmo não estando a jogar com regularidade. Senti que foi importante, porque mostrei, nesse momento, que estava preparado para jogar em qualquer circunstância e isso, na posição de guarda-redes, é ainda mais relevante. Esse foi, sem dúvida, o jogo que mais me marcou.
Como tem sido ser suplente de Marchesín?
-A minha convivência com o Marchesín é muito boa, como também é com o Mbaye e, ultimamente, com o Meixedo. Sempre procurei criar laços de amizade com os meus colegas de posição e nunca entrar em conflitos. Claro que todos queremos muito jogar, todos trabalhamos muito para o conseguir, mas também nos ajudamos para sermos melhores a cada dia que passa.
"Foi mesmo muito importante trabalhar com o Casillas. Era o Iker! Deu-me uma grande motivação e aprendi muito com ele"
Vítor Baía já disse que apostava no Diogo para o futuro. Casillas afirmou que vinha aí um grandíssimo guarda-redes. Como lida com estes elogios?
-É sempre bom ouvir este tipo de palavras, ainda para mais vindo dessas pessoas. Claro que este tipo de afirmações aumentam a minha responsabilidade e pressão, mas para mim é, acima de tudo, o reconhecimento pelo trabalho que tenho vindo a fazer. Fico muito feliz e motivado para o futuro.
Viu muitos jogos do Vitor Baía no passado? O Diogo era criança, mas há o Youtube...
-Sim, claro que vi. Ainda hoje vejo, não só dele, como de muitos outros guarda-redes. Aliás, vejo imensos momentos e tento aprender com todos, aproveitar o que tinham de bom. Mas, pelos vídeos, dá para perceber que o Vítor Baía foi um grande guarda-redes.
Qual foi a importância para o seu crescimento, especialmente na época passada, de ter tido a oportunidade de trabalhar ao lado de Casillas?
-Foi mesmo muito importante. Era o Iker! Em primeiro lugar, deu-me uma grande motivação e, depois, como devem imaginar, aprendi muito com ele. Deu-me alguns conselhos, mas o que senti, acima de tudo, foi um enorme prazer de estar a conviver com alguém como ele no dia a dia.
E que conselho de Casillas guarda com mais força?
-Ele disse-me várias vezes para me manter sempre humilde, como eu estava a ser, e para trabalhar muito, porque só assim poderia ter sucesso.
12528016
12527207