Jogo com o Arouca permitiu ao guarda-redes portista atingir marca importante na carreira, que o próprio desconhecia
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O jogo com o Arouca foi histórico para Diogo Costa. O guarda-redes portista manteve a sua baliza a zeros e, aos 25 anos, atingiu a meta das 100 “folhas limpas” na carreira como profissional. São 69 ao serviço da equipa principal do FC Porto, 16 pelos bês e mais 15 na Seleção Nacional. Diogo chegou a este número redondo ao fim de 246 partidas, o que significa que não foi buscar a bola ao fundo da sua baliza em 40,6 por cento dos encontros.
Em mais de 40 por cento dos jogos, o guardião manteve a baliza inviolada. A O JOGO, aponta um clássico com o Sporting como o que teve mais trabalho e promete manter a “fasquia alta”.
A contabilidade começou a 27 de agosto de 2017, num triunfo por 1-0 do FC Porto B sobre o Santa Clara. Na altura, Diogo ainda nem tinha feito 18 anos, mas já era apontado como uma das grandes promessas nacionais na sua posição. Sete anos depois, já com o estatuto de indiscutível no Dragão e na Seleção, o número 99 chega a uma marca que nem todos os guarda-redes atingem. Aliás, o próprio não sabia e foi O JOGO que o informou, convidando-o a explicar o significado. “Desde logo, já passou algum tempo, o tempo passa muito rápido, desde que comecei. Acima de tudo, acho que é fruto do trabalho e do meu empenho. Mas também, como é normal, não sou só eu em campo, é toda a equipa, por isso não é só o meu trabalho ou o meu protagonismo que permite as ‘clean sheets’, é de toda a equipa”, referiu em declarações exclusivas ao nosso jornal.
“A fasquia está muito alta e a responsabilidade também. Agora, cabe-me continuar a trabalhar e a treinar, tentar ser melhor cada dia que passa”
Desafiado a apontar qual dos 100 jogos que mais lhe custou, em termos de defesas, a manter a baliza inviolada, Diogo Costa recuou até a um clássico com o Sporting, a 20 de agosto de 2022. “Estou-me a lembrar de um jogo que ganhámos ao Sporting aqui em casa por 3-0. Conseguimos manter a baliza a zeros na primeira parte em que estávamos a passar um mau bocado. E na consequência disso, na segunda parte, conseguimos marcar três golos. Podia ter sido um jogo totalmente diferente”, atirou. Nesse dia, mesmo com um triunfo expressivo, Diogo foi o melhor em campo para O JOGO.
Atingida a primeira, o guarda-redes portista, que é o mais valioso do mundo (a par de Giorgi Mamardashvili, do Valência), de acordo com o “Transfermarkt”, espera iniciar já na quinta-feira, na receção ao Manchester United, a contabilidade da segunda centena. A promessa que deixa é que não irá baixar a guarda. “A minha motivação é a fasquia, que está muito alta. E a responsabilidade também. Agora, cabe-me continuar a trabalhar e a treinar, tentar ser melhor a cada dia que passa para continuar a obter estes registos”, concluiu.
Como curiosidade, diga-se que o ídolo de Diogo Costa, Vítor Baía, chegou um pouco mais rápido às 100 “clean sheets”, já que precisou apenas de 186 jogos, dos quais 12 (sete sem sofrer) foram pela Seleção Nacional.