Declarações de Daniel Ramos, treinador do Santa Clara, após a derrota, por um golo sem resposta, em Famalicão, na ronda 31 da Liga NOS.
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Regresso a Famalicão e o jogo: "É um prazer regressar a esta casa, onde tenho excelentes recordações. Em relação ao jogo, claro que a expulsão do Nené é decisiva. Não só a expulsão, mas também um lance que nos penalizou imenso como o penálti. Dois lances muito penalizadores no jogo e que nos colocaram dificuldades. Nós estávamos à frente, estávamos a controlar muito bem o jogo, o Famalicão não estava a conseguir criar praticamente nada. E a expulsão muda muito. Muda porque nos retira esse equilíbrio que a equipa estava a demonstrar. Condicionou-nos."
Arbitragem: "Mesmo assim, até ao lance do penálti, conseguimos estar muito bem posicionados, tivemos possibilidades de fazer o golo. O jogo foi-se desenrolando até ao final. Quanto a mim, a decisão de expulsão é contestável. O lance do penálti parece-me extremamente forçado. Quanto mais falamos, mais somos penalizados. Acho que é um excelente árbitro [Luís Godinho]. Mas, nesta ponta final, também tem que imperar o bom senso. Digo isto com a convicção que, se não for assim, vai haver sempre três ou quatro expulsões por jogo. Há excessos. O que aconteceu com o Nené acontece em muitos campos, aqueles desabafos naturais da situação. Ou é para todos ou não é para ninguém. Não pode é ser só às vezes. Custa-me aceitar isso."
Respeito: "Quero continuar a sentir-me treinador. Quero chegar ao treino e preparar o jogo seguinte. Não quero chegar ao treino e atirar para lá umas bolas, porque conseguimos controlar o que vai acontecer no jogo seguinte. O futebol deve ser o mesmo para todos e deve haver respeito por todos. E acho que hoje faltou aqui um bocadinho. Faltou bom senso para termos decisões mais acertadas."
Apelo: "Este momento do Santa Clara aos olhos dos outros é visto como a equipa que não tem nada a ganhar e nada a perder. Somos penalizados nas dúvidas. Chega. Digo chega, porque temos objetivos, tenho família, os jogadores têm família, os dirigentes têm família. Existe um clube, uma região, e há que lutar pelos três pontos. E quem for o melhor que vença. E quando preparamos jogos estamos sempre na esperança que seja discutido dentro das quatro linhas e é assim que quero continuar a pensar, mas às vezes tenho dúvidas. Acredito na verdade desportiva e no futebol português, mas entristece-me esta disparidade no futebol português. Que seja verdade desportiva até ao final. Deixem que as equipas decidam os jogos, é o meu apelo".
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