Di María como perigo n.º 1: "Continua a ser um dos melhores jogadores do mundo"
De regresso a Itália, onde jogou na Juventus na época passada, o camisola 11 motiva especial atenção. Com seis golos em oito jogos, está perto da produção na Vecchia Signora, onde "apenas em alguns jogos" se viu o ""verdadeiro" Di María", realça o jornalista Filippo Conticello.
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Desejado por Rui Costa para reforçar o plantel de Roger Schmidt, o campeão mundial Di María vive o seu melhor início de época da carreira, aos 35 anos, e volta a Itália onde alinhou em 2022/23, na Juventus. E em apenas oito jogos já leva quase tantos golos - seis contra os oito - marcados pela Vecchia Signora, pela qual somou sete assistências, ao passo que na presente temporada tem para já apenas uma. O andamento na Luz é diferente daquele apresentado pelos bianconeri, razão pela qual Di María é o perigo número um para o Inter. "Inzaghi vai tentar limitá-lo de todas as formas possíveis, inclusivamente com a ajuda dos médios", afirma Filippo Conticello, jornalista de La Gazzetta dello Sport, a O JOGO.
"Não me surpreende o que está a fazer no Benfica porque continua a ser um dos melhores jogadores do mundo. Ele não teve um grande contributo na Juventus porque estava focado apenas no Mundial e na seleção argentina. Não demonstrou a atitude certa e teve muitos problemas enquanto esteve no clube", atira, reforçando que "apenas em alguns jogos foi o "verdadeiro" Di María". "Mas ele é o jogador mais perigoso do Benfica, é o melhor do plantel. Os adeptos da Juventus não viam da sua parte o mesmo compromisso do que quando jogava pela seleção", defende.
Tendo faturado em 2023/24 na Supertaça e no campeonato, Di María procura ainda o Inter uma estreia a triplicar: aponta ao primeiro golo na atual edição da Champions, pela qual nunca marcou ao serviço do Benfica e visa o fim do jejum diante dos nerazzurri, que defrontou três vezes.
Único futebolista de águia ao peito com uma Liga dos Campeões no currículo, o camisola 11 vive uma longa seca de golos na principal prova da UEFA: chegou aos nove jogos ante o RB Salzburgo sem faturar, superando os oito do arranque na prova, pois além dos seis pelo Benfica em 2007/08 fez ainda mais dois pelo Real Madrid, em 2010/11 sem marcar. Pior só os 17 entre 2012/13 e 2013/14.
Chegado à Luz também este ano, Arthur Cabral, por quem o Benfica pagou 20 milhões de euros à Fiorentina, já sabe, ao contrário de Di María, o que é faturar ao Inter. Contudo, isso não lhe bastou para sorrir. Marcou um golo, de penálti, no desaire caseiro por 4-3 diante do Inter na temporada passada. E o novo camisola 9 da Luz bem pode dizer que tem os nerazzurri atravessados, pois perdeu a final da Taça de Itália também em 2022/23 para o adversário de amanhã (desaire por 2-1).
João Mário e o San Siro que não foi a sua casa
Situação diferente de Di María e Arthur Cabral é a de João Mário, que enfrenta pelo segundo ano consecutivo o Inter, para onde se transferiu do Sporting em 2016/17 (fez 69 jogos). O médio foi assobiado na época passada no 3-3 em Milão para a Liga dos Campeões e Filippo Conticello lembra que este nunca se afirmou completamente no clube. "San Siro é um dos estádios mais incríveis do mundo. Jogar nesse ambiente pode ser fantástico, mas também perigoso se um jogador não conseguir lidar com a pressão elevada. San Siro nunca foi a casa de João Mário, ele não conseguiu entrar no coração dos adeptos, mas não haverá muita hostilidade para com ele."