Di María abre o coração: "Tudo o que vivi valeu a pena, mas ainda quero a adrenalina do jogo"
Entrevista de Ángel Di María ao programa Todo Pasa
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Em entrevista ao programa Todo Pasa, o benfiquista Ángel Di María recordou os seus primeiros passos como jogador e falou do ponto alto da carreira, quando se sagrou campeão pela Argentina no Mundial do Catar.
"Gosto de jogar futebol, ia jogar por diversão.
O sonho era um pouco mais da minha mãe do que meu. Fi-lo para ser feliz. Chega o dia do jogo e é tudo o que eu quero, aquela adrenalina. Tudo o que vivi hoje valeu mais do que a pena", afirmou.
O golo contra a França: "Na véspera da final, Scaloni perguntou-me como me sentia e eu ainda estava lá. Senti-me muito bem no último treino, o desconforto tinha desaparecido do nada. Senti que tinha de falhar esses jogos para essa final, a final que não me tinha sido dada em 2014. Tive a mesma sensação, de que tudo tinha sido desbloqueado e de que vinha aí outro golo, e voltei a dizer-lhe".
Os festejos na Argentina: "No helicóptero percebemos que as coisas estavam a ficar fora de controlo, quando o rapaz saltou da ponte. Foi aí que percebemos que as coisas não estavam a correr bem... É uma pena porque queríamos chegar ao Obelisco. Não pensámos que ia acontecer o que aconteceu. A certa altura, começámos a ver cabeças pequenas por todo o lado e dissemos 'isto é impossível'".
Sobre ser campeão do mundo: "Nota-se isso nas pessoas, ainda mais no estrangeiro. Estamos na Europa e a primeira coisa que nos dizem é 'campeão do mundo' ou falam do Campeonato do Mundo. Depois de sermos campeões, as pessoas reconhecem-nos só por causa do Campeonato do Mundo, não é só para o país, mas para qualquer pessoa, qualquer criança. Levo o meu bebé à escola e dizem-me 'és campeão do mundo'".