Hugo Vieira, candidato derrotado nas eleições de há um ano no Gil Vicente, arrasa a estratégia que tem “queimado” treinadores
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A saída de Bruno Pinheiro precipitou nova indefinição na equipa técnica do Gil Vicente. Aliás, desde que o clube regressou à I Liga, em 2019/20, só dois treinadores conseguiram concluir uma época inteira: primeiro Vítor Oliveira e depois Ricardo Soares, este em 2021/2022, numa temporada histórica que valeu uma inédita qualificação europeia. Sem contar com os interinos, houve oito treinadores neste período. De resto, só a nova Direção, eleita há cerca de um ano, já viu sair três técnicos: Vítor Campelos, Tozé Marreco e agora Bruno Pinheiro.
A O JOGO, Hugo Vieira, antigo jogador do Gil Vicente e candidato a presidente do clube na última corrida eleitoral, que foi ganha por Avelino Dias da Silva, não esteve com meias palavras na análise. “Acho que deviam dar a cara e explicar aos sócios o que está a acontecer, por que razão há uma média de três treinadores por temporada, com o orçamento que temos e com os jogadores que temos”, atirou. Para Vieira, “qualquer treinador precisa de estabilidade”, coisa que, acrescenta, “o Gil Vicente não tem neste momento”.
O ex-candidato critica ainda a estratégia adotada pela atual Direção no mercado. “Vende jogadores sem responsabilidade e não contrata”, atira, dando como exemplo a recente saída de Mory Gbane. Lamentou, ainda, que o clube não tenha na estrutura “gente que perceba de futebol”.
Recorde-se que para substituir Bruno Pinheiro, a Direção gilista promoveu, para já, José Pedro Pinto, técnico que estava no comando da equipa de sub-19.