Destaques do FC Porto frente ao Benfica: Vitinha maestro nos solos de Evanilson e Díaz
A apreciação individual feita por O JOGO aos jogadores do FC Porto na vitória por 3-0 frente ao Benfica, nos oitavos de final da Taça de Portugal.
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Marchesín 7
Com toda a segurança, encaixou três tentativas de Taarabt e Yaremchuk, por entre uma boa saída a punhos. Fez uso da experiência em várias situações.
João Mário 7
Raramente perdeu duelos, num trabalho mais dificultado por Everton. Obrigou Helton Leite a aplicar-se e ,aos 31" teve um corte valiosíssimo: impediu a bola de chegar a Darwin e foi aí que começou a desenhar-se o 3-0.
Mbemba 7
Darwin puxou-lhe pela velocidade e controlo da profundidade e, grosso modo, o congolês cumpriu, bem como no jogo mais posicional que imperou na segunda parte. Despachou vários lances.
Fábio Cardoso 8
"Corta Fábio" deve ter sido uma das expressões mais repetidas pelos relatadores. Numa prova de fogo, o camisola 2 foi praticamente irrepreensível a limpar lances e a neutralizar os adversários, sem invenções. Ainda foi à área dar uma ajuda para o 1-0 e uns centímetros de adiantamento tiraram-lhe um golo, a fechar.
Zaidu 8
Terá assinado uma das melhores exibições de dragão ao peito, pelo pouco que concedeu defensivamente e o muito que deu ao ataque, a exemplo do passe que isolou Luis Díaz, aos 42". A culminar uma arrancada de uma área a outra, serviu Taremi para um disparo ao poste e ainda arriscou um remate.
Otávio 7
Saiu esgotado, depois de um trabalho incansável, sobretudo sem bola e desde a expulsão, mas sem deixar de cumprir com ela nos pés, combinando bem com os companheiros. Aos 49", desarmou Otamendi e obrigou Helton Leite a uma defesa apertada.
Uribe 8
A eficiência do costume nas batalhas a meio-campo, com o radar ativo para encontrar os companheiros em boa posição. Excelente passe para Luis Díaz no terceiro golo.
Luis Díaz 8
Nunca chegou a um clássico com tanta expectativa em cima e não desiludiu, mas até poderia ter feito melhor, como quando passou por Helton Leite e tentou assistir Taremi com a baliza (quase deserta). Ainda teve outro lance na área em que poderia ter finalizado, após passe de Evanilson, mas atrapalhou-se. Por essa altura, já tinha servido o brasileiro para o 3-0 com muita classe à mistura, numa das várias iniciativas que deixou a defesa do Benfica atarantada. Inevitavelmente, foi a principal arma ofensiva do FC Porto na segunda parte.
Taremi 6
A baliza continua zangada com Mehdi, que tanto tenta fazer as pazes, que acaba por se precipitar ou exagerar. Helton Leite travou-lhe o remate que acabaria no 1-0 e o poste devolveu outro. Teve um bom passe a isolar Evanilson e um trabalho ingrato - mas bem feito - no segundo tempo, com vários auxílios importantes à defesa.
Evanilson 7
Numa palavra: agridoce. Por duas vezes surgiu no sítio certo para finalizações imparáveis (1-0 e 3-0) de pé esquerdo e ainda semeou o pânico noutro lance. Contudo, dois amarelos não o deixaram chegar ao fim da primeira parte e ter uma nota mais alta para um clássico de sonho.
Sérgio Oliveira 6
Entrou concentrado e deu fôlego ao meio-campo.
Wendell 5
Cinco minutos para refrescar.
Toni Martínez 5
Ainda teve uma arrancada pela direita.
João Marcelo -
Sem tempo para tocar na bola.
A FIGURA
Vitinha: 8
De batuta na mão, sem medo de sujar o fato
A expectativa continua a crescer em torno de Vitinha, que ultrapassa uma fasquia atrás da outra. Pela primeira vez, recebeu a batuta num clássico e coloriu uma exibição muito completa com um chapéu perfeito a Helton Leite para o segundo golo do FC Porto, ainda muito cedo no jogo, mas determinante para tudo o resto. Desde o início da época, Vitinha é desafiado a acelerar o jogo e corresponde a essa exigência, sem deixar de mostrar excelentes pormenores técnicos com a bola, enquanto procura pela melhor opção, que nem sempre é a mais óbvia. Foi incansável no trabalho defensivo. Onde era preciso estar, ele estava.