A defesa do Union Berlin não concedeu grandes espaços aos jogadores bracarenses. Minhotos apenas somaram cinco remates frente ao Union, que respondeu com 14. Muito abaixo da média de 15,53.
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O Braga desiludiu em termos ofensivos na penúltima jornada do grupo D da Liga Europa, frente ao Union Berlin. Perante a obrigação de ganhar para assegurar, pelo menos, o segundo lugar, com direito a participação no "play-off" de apuramento para os oitavos de final, esperava-se que a equipa de Artur Jorge se apresentasse bastante audaz na frente, mas o atual líder da Bundesliga revelou-se um duro obstáculo e as oportunidades escassearam.
Em todo o jogo, os minhotos apenas somaram cinco remates (contra 14 do Union), sendo este o pior registo ofensivo da época, muito aquém da média de 15,53 disparos por jogo. No entanto, a produção minhota esteve em linha com o rendimento de boa parte dos adversários dos berlinenses na Bundesliga: Wolfsburgo (dois remates), Colónia e Hertha (cinco) e Estugarda e Leipzig (seis). Só Bayern, Eintracht e Schalke chegaram aos dois dígitos em remates à baliza do Union.
Numa noite de fraca produtividade na frente, Ricardo Horta foi o jogador que mais vezes incomodou o guarda-redes adversário: primeiro de bola corrida, num disparo de fora da área, depois, na cobrança de um livre, com o dinamarquês a defender a custo os dois remates enquadrados. O terceiro contabilizado pelos bracarenses, enquadrado no tal leque reduzido de cinco tentativas, foi da autoria de Fabiano, numa bomba de fora da área que Ronnow também defenderia a custo. A derrota do Braga andou claramente de braço dado com uma produção ofensiva reduzida e pouco semelhante aos piores registos anteriores desta época: apenas nove remates contabilizados, primeiro na deslocação ao Dragão, frente ao FC Porto (4-1), e depois na receção aos belgas do Saint-Gilloise (1-2).
A partir daí, pensou-se que o Braga teria mudado de "quadradinho" para bem melhor, tendo somado, por exemplo, 24 remates num jogo em que o Chaves levaria a melhor à custa de... apenas seis. Antes da deslocação à Alemanha, a equipa minhota chegou aos 15 disparos (já dentro da média habitual), batendo o Estoril, para a Liga, mas o poder de fogo acabaria por baixar significativamente em Berlim. Abel Ruiz, Vitinha e Banza, entre outros, não renderam o habitual, esperando-se bem melhor na visita ao Gil Vicente. Não há tempo a perder, até porque a decisiva visita do Malmo é já na próxima semana.