João Aroso, treinador de futebol, analisa o comportamento dos leões no confronto com o Benfica no dérbi deste sábado
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Jorge Jesus foi surpreendido pela estratégia de Rui Vitória?
-Pensaram os dois de forma semelhante. A entrada de William com Battaglia, com Bryan Ruiz a descair na esquerda era idêntica ao Benfica, que jogou com Fejsa e Samaris no meio e Pizzi a abrir na direita. A procura foi ter mais bola e, na primeira parte, o Benfica saiu por cima.
A que ficou a dever-se o ascendente na primeira parte do Benfica?
-Acho que o Benfica tinha claramente vantagem em jogar com o bloco mais subido, curto e retirava espaço à influência que Bruno Fernandes consegue ter entre linhas e o Sporting só tem um jogador com profundidade, que é o Gelson, não jogando o Acuña. O Benfica conseguiu fazer isso e afastou Bas Dost da área. E ainda procurou explorar as costas da defesa do Sporting através da mobilidade de Jiménez e da velocidade e as diagonais de Rafa. Samaris foi crucial, limitou muito a ação do William, preenchia bem zona interior junto a Fejsa, anulando Bruno Fernandes e ainda deu cobertura a Douglas.
O Sporting acabou por reagir: o resultado aceita-se?
-O Sporting entrou melhor após o intervalo e esteve por cima até metade da segunda parte. Desceu a intensidade dos homens da frente do Benfica e o Sporting tem vantagem quando está mais perto da baliza contrária. O Benfica teve mais e mais flagrantes oportunidades de golo e esteve mais perto da vitória. Mesmo as substituições mostram que o Sporting, vendo que seria difícil ganhar, agarrou o 0-0.