"Deram quatro minutos e faltavam aqui cumprir 19 segundos. O jogo parou aos 98,01"
O presidente do Tondela, Gilberto Coimbra, questionou o tempo de compensação concedido pela equipa de arbitragem liderada por João Capela.
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Pepa não podia falar: "O facto de estar aqui hoje, pela primeira vez no campeonato, que já vai longo... Nunca eu acusei arbitragens fosse lá o que fosse, nunca me ouviram falar mal da arbitragem. Hoje, tive de pedir calma ao mister Pepa, que não viesse, eu próprio viria, porque a alteração em que ele está não lhe permitiria vir a esta conferência. Fi-lo eu, para vos dar também algumas explicações, com alguma moderação. Pelo menos, farei por isso. Mas, não sei quem está pior, se ele ou eu".
Reunião com Capela: "Na reunião antes do jogo, o João Capela deu-me um cartão branco, dizendo que me dava com todo o prazer, que era a favor do espetáculo, que não era a forma de estar dele prejudicar aquele em que é interveniente. Muito bem. Assistimos a um jogo muito bem disputado, bom de parte a parte, repartido. Discordo, na íntegra, do anti-jogo que já ouvi referir. Honestamente, não vi. Vi o Tondela a fazer uma boa partida e a ombrear com o Sporting; as melhores oportunidades de golo até pertenceram ao Tondela."
A compensação: "Aos 93 minutos, o jogo parou. Não houve falta. Aos 93.41, o jogador é assistido e é reatado aos 96.08. O árbitro deu quatro minutos e o Sporting marca o golo aos 98.01. Faltavam aqui cumprir 19 segundos. E o jogo parou aos 98.01. Tenho de repetir isto várias vezes, para ver se este país ouve isto, se isto faz bem ao futebol, se é para isto que vivemos o futebol. O Tondela sabe o tamanho que tem, mas em termos de humildade e postura é maior do que todos. Não pode um senhor vir aqui humilhar o Tondela. Enquanto não marcar, o jogo não acaba."