Depoitre diz que a época foi difícil, mas não "horrível", e garantiu que a sua ida para o FC Porto não foi uma exigência de Nuno Espírito Santo, como se pensava.
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Já no seu país a gozar férias, Laurent Depoitre quis prestar alguns esclarecimentos em relação à sua estadia no FC Porto. Através do site belga "L'Avenir", o avançado desfez possíveis mal-entendidos, não só relativamente a ter sido uma exigência de Nuno Espírito Santo, mas também quanto a alegadas declarações suas, dizendo que a época no FC Porto tinha sido "horrível".
"Primeiro acho que devem saber que eu não fui para o FC Porto por causa do treinador. O Nuno nunca me disse: "Quero que venhas a qualquer custo". Ele viu alguns jogos meus na Liga dos Campeões e achou que poderia dar algo diferente ao FC Porto", afirmou Depoitre, que foi contratado ao Gent por 6 milhões de euros.
"Não sei se fui mal-entendido ou se a tradução foi exagerada intencionalmente mas não considero que a minha época tenha sido horrível. É claro que foi difícil. Cheguei com boas intenções, queria ter sucesso para abrir um novo capítulo da minha vida. Sabia que não seria fácil porque tinha chegado a um grande clube, a um grupo de alta qualidade e tinha de ganhar o lugar. O problema é que nunca tive oportunidades para me mostrar. Não me deram muito tempo de jogo e cedo perdi a confiança que o clube tinha em mim", lamentou.
Depoitre disse ter sentido, com o tempo, que a sua situação não iria mudar e que "não tinha boa imagem junto dos adeptos". "Perdi a confiança em mim. Quando sentes que não tens apoio é difícil entrar no campo com o foco correto. Mas não desisti e trabalhei até ao final da época", sustentou.
"Não quero voltar a viver uma época assim. Se a solução for sair do FC Porto, vou sair. Vamos trabalhar numa solução. Voltar à Bélgica? Pode acontecer, mas não é a prioridade", afirmou ainda.
Sobre o campeonato português, Depoitre considerou ser difícil. "Exceto quando jogamos contra o Benfica ou o Sporting, jogávamos contra uma muralha. O adversário só pensa em não sofrer para não perder. Na frente há pouco espaço, recebemos poucas bolas. O jogo é fechado", descreveu.