Extremo tem tido alto impacto saído do banco, em linha com a "evolução fantástica" que Sérgio Conceição reconhece
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Depois da primeira assistência, em Vizela, a abertura do livro dos golos, na receção ao Sporting. Wenderson Galeno arrancou para 2022/23 a todo o gás, mesmo saindo do banco, e já somou mais ações decisivas do que nos 18 jogos que realizou na segunda metade da época anterior, quando se transferiu do Braga para o FC Porto - apontou um golo.
Cerca de 20 minutos por jogo têm sido suficientes para o luso-brasileiro abanar com as defesas. Com um golo e uma assistência, já tem mais ações decisivas do que nos 18 jogos de 2021/22.
Claro que a amostra é pequena, mas é também reflexo do impacto que o extremo está a ter e que ganha relevância justamente por apenas ter sido suplente utilizado nos quatro desafios.
O luso-brasileiro de 24 anos tem sido lançado a cerca de 20 minutos do fim e, mesmo quando não marcou ou assistiu, agitou o ataque sem receio de assumir os lances e com capacidade de desequilibrar. Foi assim na Supertaça, quando até ficou à beira de um golaço com um remate de longe, e na receção ao Marítimo. Já nas duas últimas jornadas, Galeno foi lançado em contextos muito diferentes. Em Vizela, com o nulo a persistir, havia pouco espaço para jogar e aplicar a velocidade que lhe é reconhecida, mas dele partiu o cruzamento para o desvio triunfal de Marcano.
Com o Sporting, os dragões já venciam por 1-0 e Galeno não se fez rogado na sua zona de conforto. Foi fulcral nos dois penáltis e converteu o segundo, confirmando as perspetivas de Sérgio Conceição. "Achei que no decorrer do jogo ia criar ainda mais problemas", explicou o treinador, satisfeito com o crescimento do jogador, a quem já detetava "qualidade" há cinco anos, quando o promoveu da equipa B. "É muito veloz, faltava perceber o jogo e evoluiu muito no Braga numa posição em que se sentiu confortável. Está mais maduro, teve uma evolução fantástica", acrescentou.
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O técnico já disse várias vezes que é o trabalho diário que dita as escolhas no onze, mas é certo que Galeno vai dando mostras de estar num patamar diferente daquele em que chegou em janeiro e de estar mais preparado para a titularidade - algo que na segunda metade da última época só aconteceu uma vez. O peso de ter sido contratado após a saída de Luis Díaz também não terá facilitado, ao contrário de uma pré-época cumprida desde a primeira hora. O craque colombiano, como Sérgio lembrou, também "não era titular absoluto quando chegou", mesmo que no FC Porto "não existam selos de titular".
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