Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem, não entende o regresso ao sorteio dos árbitros.
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Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, foi bastante crítico em relação ao sorteio dos árbitros.
"O sorteio é uma aberração, um retrocesso, um regresso ao passado, a um mau passado. Não garante as etapas de progressão dos jovens árbitros. Há que respeitar as etapas de desenvolbvimento da carreira de um árbitro que o sorteio não garante", afirmou, em entrevista à SIC Notícias, comentando o facto de Benfica ter votado contra, contrariamente a Sporting e FC Porto.
"Não temos que fazer interpretações dessa natureza, não fazemos comentários a coligações negativas, nalguns casos de interesses. Há aqui muitas questões de oportunismo, de ambição de poder. Há uma vontade de controlar a arbitragem, por muita pena que as pessoas tenham este Conselho de Arbitragem é independente", respondeu, sem pensar na demissão.
"Essa é uma matéria que não está em questão. É inqualificável que se ponha em causa a honra dos membros do Conselho de Arbitragem, que não teme nem deve nada a ninguém, nenhum dos seus membros. Por muito deficientes que sejam as nomeações, são feitas pela cabeça de quem nomeia, não são feitas em conversas de cafés, com papelinhos de dirigentes de clubes, são feitas de forma autónoma", sublinhou.