Previsível saída de cena da Europa abre caminho a uma aposta forte nas provas internas. Há semelhanças com 2009/10, 11/12 e 19/20. A partir de quinta-feira, é muito provável que Artur Jorge tenha apenas de concentrar esforços no campeonato e na Taça de Portugal. Do ponto de vista físico, a equipa ganha armas para a luta interna.
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A eliminatória com a Fiorentina está praticamente sentenciada, depois da goleada sofrida em casa há quase uma semana (4-0), e a previsível saída do Braga da Conference League (jogo depois de amanhã, em Florença) está a ser encarada na perspetiva de uma aposta ainda mais forte nas competições internas.
Campeonato e Taça de Portugal passam a ser os únicos pratos no menu bracarense, o que representa um calendário competitivo menos exigente. Isso permitirá direcionar esforços para a conquista de troféus nacionais, mantendo a equipa a lutar até ao fim do campeonato pelas posições cimeiras, com o aliciante de o terceiro lugar poder dar acesso à Liga dos Campeões (entrada na terceira pré-eliminatória).
Há semelhanças consideráveis com a época de 2009/10, quando o Braga ficou em segundo lugar, e também com 2011/12 e 2019/20, campeonatos em que os minhotos foram terceiros na tabela. Ora, nessas alturas, a equipa minhota também ficou concentrada unicamente nas provas nacionais nos últimos meses de competição. Aliás, em 2009/10, a equipa de Domingos Paciência foi afastada das provas europeias logo em agosto e saiu de cena da Taça de Portugal em fevereiro. Em 2011/12, o afastamento bracarense da Liga Europa deu-se em fevereiro e pouco depois registou-se a saída da Taça, situação parecida com a da temporada 2019/20 (afastada das competições europeias também em fevereiro e eliminada da Taça em dezembro).
Nesses casos, o Braga ficou sempre com as últimas jornadas do campeonato livres, cenário que poderá repetir-se agora, ainda que agora tenha também no calendário a Taça de Portugal, com dois jogos frente ao Nacional, em abril e maio, nas meias-finais da prova.