Rui Alves tomou posse há pouco por mais um triénio à frente do Nacional e admite saídas em grande número dos alvinegros. Tiago Margarido perde sete titulares e tem de refazer plantel
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Quase uma nova equipa na I Liga. À margem da tomada de posse dos novos órgãos sociais do Nacional e também de mais um triénio enquanto dirigente máximo do clube alvinegro, Rui Alves não fugiu ao assunto e foi frontal ao assumir que o Nacional vai perder sete titulares.
Para o dirigente, os jogadores que terminam o contrato e aqueles com quem o Nacional tinha opção de compra não vão permanecer no clube. “De todos os que tínhamos opção para renovar, o mais provável é que nenhum deles continue na próxima época” e, concretizou. “Witi não deve ficar face às expectativas salariais do atleta, temos algumas situações referenciadas, com probabilidades sérias, com calma vamos chegar lá”, apontou. A confirmação também chegou em relação a Danilovic. “Vai seguir outro caminho”.
Poucos jogadores no arranque
Lembre-se que Rui Alves chegou a dizer que queria manter todos estes futebolistas para a próxima época. E depois explicou o porquê desta debandada. “Há um grau de incerteza muito grande e um vazio em relação à participação pública no projeto da próxima época. Estamos a andar com a cautela necessária para termos boas novidades ainda esta semana”. E voltou a defender que as “contratações continuam condicionadas pelo sentido de responsabilidade que tem de estar presente na nossa decisão”.
Rui Alves também assumiu que é muito provável que o clube venha apresentar poucos reforços e ao nível de continuidades tem apenas dez jogadores. “Há um risco sério de ter poucos jogadores no arranque dos trabalhos de pré-temporada. Provavelmente vamos apostar em jogadores emprestados, vindos do exterior, quando fizemos no mercado nacional não resultou tão bem”, assumiu.
Objetivo são os 40 pontos
Deu resultado esta época e é a meta para o próximo campeonato na I Liga: “Vamos tentar primeiro o objetivo dos 40 pontos”, apontou o dirigente que, já no discurso de tomada de posse, fez questão de agradecer a “confiança sócios do Nacional a liderar os destinos do Nacional”.
Rui Alves não ignorou nesta tomada de posse "a situação particular a nível político que torna este desafio ainda maior. Estamos preocupados com a situação que vivemos na Região. Tem de se decidir se mantêm governo em gestão ou em plena efetividade de funções. Esperar que bom senso tome o lugar do umbiguismo partidário, que deve ser posto de lado em detrimento aos superiores interesses da região”. E finalizou, assumindo que, com resiliência, pretende terminar o triénio que agora começou “com o futebol profissional na I Liga”.
Sete titulares de saída
Ao todo, o Nacional vai perder sete jogadores que eram titularíssimos, o que representa uma enorme debandada nos alvinegros. Danilovic, Witi e Carlos Daniel terminaram os contratos e não vão renovar. Já com opção de compra do passe, mas que não aceitaram a proposta do Nacional, Chucho, Gustavo, Ulisses e Paulo Vítor também não continuam.