De mais jovem estreante do Sporting a funcionário da EMEL: "Não foi por vaidade"

Santamaria foi o mais jovem estreante da história do Sporting e deixa conselhos
Santamaria recorda a O JOGO "algumas decisões não acertadas" e deixa conselhos ao jovem Eduardo Quaresma.
O mais jovem estreante de sempre na história do Sporting, Santamaria (alcunha com que ficou conhecido o defesa-central Ricardo Duarte), agora com 38 anos no Alta de Lisboa - e funcionário da EMEL -, espera que Eduardo Quaresma trilhe um percurso diferente do seu e através de O JOGO faz recomendações ao jovem de 18 anos.
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Santamaria foi lançado por Mirko Jozic contra o Chaves em 1998/99 quase a chegar aos 17 anos (aos 16 anos, 11 meses e 12 dias). O central, que nessa partida até entrou para o lado direito para render Patacas, fez mais um jogo nessa temporada, mas depois nunca vingou no clube. A Quaresma pede que saiba ouvir e que procure bons conselheiros.
"Agora apostam mais nos jovens, até porque os clubes atravessam uma fase difícil financeiramente enquanto na minha altura iam buscar lá fora. Agora é muito mais fácil ser da formação e jogar"
"Ele está nessa posição porque tem qualidade e é muito bom que já seja aposta. Agora apostam mais nos jovens, até porque os clubes atravessam uma fase difícil financeiramente, enquanto que na minha altura havia mais dinheiro e iam buscar mais jogadores lá fora. Agora é mais fácil ser da formação e ser lançado, muito mais fácil. Aconselho-o a ser ele mesmo, que acredite nas suas capacidades, que procure ser bem aconselhado e acima de tudo que tome as melhores opções de carreira. Mais vale cair em graça que ser engraçado. É preciso saber ouvir. Tem de tomar decisões acertadas, eu tomei algumas não acertadas... e como eu há outros que mesmo com qualidade se perdem. Não foi por vaidade. Recomendo que tenha paciência e que acredite", insistiu, após apreciar o que Quaresma mostrou na estreia:
"Não conheço o Eduardo Quaresma assim tão bem, mas falaram-me muito bem dele. Lembro-me de um lance no jogo em que é ultrapassado e depois recupera em grande velocidade e consegue incomodar a ação do adversário... Fez muitos passes e ganhou confiança com bola no pé, os colegas deram-lhe essa confiança e acreditaram nele."
