Internacional brasileiro do FC Porto em trânsito para o Real Madrid falou ao site da UEFA sobre as origens e a ambição para o que resta desta temporada na Liga dos Campeões.
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Com a transferência de Danilo para o Real Madrid a animar o mercado, o site da UEFA publicou, esta quarta-feira, uma entrevista com o lateral-direito do FC Porto. Não há uma palavra sobre o futuro em Espanha, mas várias sobre as origens do internacional brasileiro que se mudará para o Santiago Bernabéu, no final da época, a troco de 31,5 milhões de euros e, sobretudo, acerca da ambição de um final de sonho desta etapa nos dragões, que lhe permitirá, pela primeira vez, disputar os quartos de final da principal prova de clubes da UEFA.
Danilo dá a conhecer o espírito que se vive no balneário portista. "Somos ambiciosos. É a primeira vez que chego tão longe na prova, é muito emocionante.A partir de agora, só há grandes equipas, grandes jogos, e todos os jogadores e clubes querem estar aqui. Ter chegado aqui dá-nos confiança. O grupo sabe do que é capaz, conhece o seu potencial", explica, embora recorde que foi preciso evoluir para chegar até aqui, porque esta "é uma equipa diferente", composta por uma "maioria" de "jovens": "Damo-nos bem e todos nos entendemos um pouco melhor", assegura: "Falamos o mesmo idioma no futebol e isso faz a diferença nos jogos. Depois de três temporadas no clube, conheço tudo um pouco melhor. Conheço melhor a competição, também, e isso faz diferença"
Quanto a Lopetegui, conta que é "muito exigente, mas, ao mesmo tempo, companheiro dos jogadores, e isso é importante". "O grupo tem confiança nele". "É um treinador muito honesto", sublinha, decidido a levar esta experiência até ao limite: "Pensamos em grande. Estamos concentrados em chegar à final, mas, vamos jogo a jogo. Sempre foi o nosso objetivo, durante a temporada: passo a passo, com humildade. Mas, claro que penso que podemos chegar à final".
O internacional brasileiro recua até à infância, para explicar que jogar a Liga dos Campeões é um sonho. "É a competição que via frequentemente na televisão, quando era miúdo, onde grandes brasileiros fizeram história ao vencer finais. Sempre tive a ambição não só de jogar a prova, como também de alcançar as rondas finais", refere, e vai até buscar as memórias mais marcantes: "Lembro-me de ver grandes jogos, o Liverpool-Milan [da final de 2005], uma recuperação como não se vê muitas vezes. Vi essa final quando estava nas camadas jovens do Atlético Mineiro. Também me lembro muito bem como Ronaldinho, no Barça, destroçava as defesas".
O lateral-direito, 23 anos, aponta Cafu como a principal inspiração: "Pela minha geração e na posição em que jogo, o futebolista que mais vi jogar foi Cafu, porque ganhou muitos títulos com o Brasil. Foi o capitão da seleção nacional, durante muito tempo, e também fez história foras das nossas fronteiras".