Em entrevista a O JOGO, Danilo admite que se sente um jogador à Porto e conta voltar depois do Mundial. Tornar-se numa referência do clube é objetivo. Nunca se reuniu com Bruno de Carvalho.
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No futebol atual começam a rarear os casos de jogadores que ficam muitos anos no mesmo clube, mas Danilo não se importaria de ser um desses exemplos. Em janeiro do ano passado renovou até 2022 e conta cumprir o contrato - e até tornar-se numa referência dos dragões. Totalmente identificado com os valores do clube e da cidade, o trinco não vê razões para sair e garante que nunca será ingrato para com o clube que o foi buscar ao Marítimo e o único com que se reuniu na altura.
O Danilo parece um jogador formado no Porto, apesar de ter chegado há menos de três anos?
-Falam muito do jogador à Porto pela forma como encara os jogos e luta em campo, sem se dar por vencido. E eu sou assim, não gosto nada de perder. Encaixo-me bem neste Porto porque tanto a cidade como o clube têm uma mística forte.
Nos outros clubes, também ninguém quer perder. O que é que o FC Porto tem de diferente?
-A revolta, a vontade, a forma como encaram as coisas. É difícil de explicar, mas sinto isso. As pessoas do Norte são espontâneas e se têm alguma coisa para dizer, dizem na hora. Transportando isso para o campo, consegues estar mais solto e transmitir o que tens dentro de ti.
Sente-se um símbolo do FC Porto?
-Não, sinto-me é bem nesta casa, onde quero estar por muitos anos. Sinto que é a minha casa.
Portanto, depois do Mundial conta voltar?
-Sim. Tenho contrato até 2022 e, se renovei, é porque estou bem aqui.
Tendo em conta o mercado que tem, é possível ficar tanto tempo?
-Claro que sim. Se um clube nos dá o que queremos, que é estabilidade e paixão no que fazemos, é bom continuar. Não há razões nenhumas para sair se não for para uma coisa muito melhor. Nunca estive num clube que me desse tanto e gosto de retribuir aquilo que me dão e, por isso, nunca serei ingrato com o FC Porto.
Com os anos que tem e o seu atual contrato, pode vir a ser uma referência ou capitão?
-Se ficar os anos do contrato, posso ser uma referência do clube para aqueles que chegam, e para aqueles que olham para o clube de fora. Como capitão, revejo-me no Herrera, que é um grande capitão e que agora tem demonstrado aos adeptos a mística que tem.
O que o fez optar pelo FC Porto e não pelo Sporting?
-Foi simples: já estava a tratar das coisas com o FC Porto desde o meio da última época que fiz no Marítimo. Já estava quase tudo acertado e não havia qualquer motivo para mudar de ideias; o FC Porto é um clube de que já gostava quando estava no Marítimo.
Mas chegou a reunir-se com Bruno de Carvalho na Suíça?
-Não, o único clube com que me reuni foi o FC Porto.