Jogadores foram apanhados de surpresa pela saída de Rui Borges, mas estão prontos a dar resposta imediata
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Arrancou um novo capítulo no Vitória de Guimarães. Daniel Sousa já começou a trabalhar na cidade-berço e logo no primeiro treino deixou bem vincados desejos e objetivos.
Depois de uns dias atribulados com a saída de Rui Borges, que, sabe O JOGO, apanhou o plantel totalmente de surpresa, os jogadores conformaram-se com a mudança e estão agora prontos a dar uma boa resposta às ordens de Daniel Sousa. No primeiro treino na Academia, o novo treinador deu mérito ao trabalho feito anteriormente, mas identificou pontos a corrigir: pediu uma equipa mais eficaz e virada para o ataque, com o objetivo de melhorar os registos ofensivos, dado que os conquistadores têm marcado poucos golos no campeonato. Nas 15 jornadas já disputadas, só diante do Gil Vicente, em que golearam por 4-0, é que os minhotos conseguiram faturar por mais do que duas vezes num desafio.
Daniel Sousa defendeu, à semelhança do que aconteceu no Braga, transparência entre todo o plantel e quer manter o sistema de proximidade com os jogadores, apostados em dar uma boa resposta diante do Farense, depois do balde de água fria (2-2) frente ao Nacional, no D. Afonso Henriques, a culminar o terceiro jogo consecutivo sem vencer no campeonato.
O treinador, que está de regresso ao ativo depois de ter deixado o comando técnico do Braga no início da temporada, com apenas quatro jogos disputados, vai ter algumas baixas no plantel, com vários jogadores a recuperarem de lesões, principalmente no setor mais avançado, que é o aspeto identificado como mais urgente para melhorar. Gustavo Santos deverá continuar a ser opção na frente. José Bica e Dieu-Merci Michel, que somou os primeiros minutos pela equipa principal no desafio com o Nacional, na última jornada, são as alternativas disponíveis.
Daniel Sousa junta-se agora a uma vasta lista de treinadores que trabalharam nos dois grandes rivais do Minho: Jorge Jesus, Sérgio Conceição, José Peseiro, Vítor Oliveira, Manuel Cajuda ou Manuel Machado são outros exemplos.
Linha de quatro deve manter-se
A chegada de um novo treinador traz também novas ideias, mas, no que diz respeito à tática, esta deve manter-se sem alterações. Com Rui Borges, a equipa vimaranense jogava em 4x3x3, sistema que Daniel Sousa deve validar, uma vez que foi o que usou nos clubes por onde passou, como Gil Vicente, Arouca e Braga. No comando dos conquistadores, o técnico não vai poder contar com Nélson Oliveira, Chucho Ramírez e Bruno Gaspar, que recuperam de problemas físicos e só regressam à competição no início do ano.