Daniel Sousa e o regresso de Rui Borges a Guimarães: "Mal não o irão receber..."
Declarações de Daniel Sousa, treinador do Vitória de Guimarães, em antevisão ao jogo com o Sporting, a contar para a 17.ª jornada da Liga.
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Se a nível emocional há algo que tenha mexido com a equipa: "Não. Obviamente que vai ser um jogo difícil, independentemente de quem está do outro lado. É líder do campeonato, traz a consigo toda a confiança e a pressão que isso acarreta. Estamos preocupados conosco, sabemos o que temos de fazer dentro de campo. Estamos num processo de crescimento, sabemos para onde queremos ir sabemos que estes jogos são importantes nesse crescimento e caminho. E vamos entrar como temos de entrar em todos os jogos".
Se o facto de Rui Borges conhecer tão bem o Vitória pode ser uma vantagem: "Pode ser para os dois lados. O conhecimento que o treinador tem deste lado há de ter alguma valia para ele no planeamento do jogo, mas os nossos jogadores também sabem as ideias que ele normalmente pede e transmite. Acho que vai ser um jogo bem disputado, na nossa casa, que é sempre um fator muito importante. E vamos lutar pelo resultado que pretendemos".
O que disse à equipa após triunfo ter fugido: "Foi abordado com a equipa, aconteceu o desfecho que não era o pretendido, sem tirar mérito ao adversário. Há um jogo que aconteceu, a segunda parte devia ter-nos levado para outro resultado, até mais volumoso para o nosso lado. A mensagem que passámos foi perceber que aconteceu e não vai voltar a acontecer porque somos competentes e estamos ligados ao jogo do início ao fim e sabemos que o jogo termina apenas quando o árbitro apita".
O que deu para acrescentar à equipa: "Quando entrámos, analisámos bem a equipa e percebemos o que fazem bem. E no que pudermos acrescentar de diferente, vamos acrescentando. Houve algumas ideias, sobretudo defensivas, que procurámos trabalhar, acho que já foram visíveis no jogo anterior. E também ideias ofensivas mas pouca coisa, que o tempo tem sido escasso para trabalharmos e não podemos estar a sobrecarregar os jogadores de informação, pois pode funcionar em sentido inverso".
Como acha que os adeptos podem ajudar e se Rui Borges será bem recebido: "O futebol é dos jogadores e nunca dos treinadores. Tem mais que ver com os jogadores, o que se passa dentro das quatro linhas. Mal não o irão receber, digo eu, mas não faço ideia e também é muito pouco relevante para o jogo e as ambições das duas equipas. Espero o estádio como sempre vi com o adversário, um estádio sempre muito difícil de jogar e de entrar. E estou com alguma ansiedade em ouvir a música inicial e ouvir os adeptos a cantar".
Se sente que os momentos defensivos é o que tem a melhorar: "Não é uma questão de retificar, é fazer diferente. Há várias formas de ganhar, o registo defensivo do Vitória não era mau, pelo contrário, mas há mudanças que têm que ver mais com a forma de eu olhar para o jogo. Não é fazer melhor ou pior, é fazer diferente".
Se jogo com o Benfica pode dar motivação: "Há sempre um fator motivacional que pode ser para o psotivo ou negativo. A mudança pode trazer essa motivação. No caso do Rui, operou alguma diferença que já vinha a ser ajustada com a estrutura que faziam. Agora há uma estrutura de quatro e obviamente que há uma diferença e comportamentos que já foram identificados. Já defrontei o Rui no ano passado e já consigo identificar alguns padrões que ele já tentou implementar neste jogo. E esperamos que vá procurar continuar a fazer o mesmo"
Bom momento de Alberto Costa: "Não me surpreendeu. Estou extremamente contente por contar com o Alberto, e com o Gaspar, que tem margem de progressão interessante. Têm subido alguns miúdos, fruto de algumas necessidade que temos tido. E também têm subido miúdos com mérito por terem feito bons trabalhos nas respetivas equipas e que vêm treinar connosco. Tem-me agradado muito o que tenho visto. O futuro é outro tema".