Daniel Sousa conquistou plantel do Arouca com ajuda do pequeno-almoço

O Arouca não está em zona tranquila da tabela, mas, considerando que há bem pouco tempo andava de lanterna vermelha nas mãos, é bem verdade que já deu um salto significativo. Daniel Sousa chegou e em quatro jogos ainda não perdeu nenhum: dois empates (um deles, na Taça de Portugal, com sabor a vitória, porque o Boavista foi eliminado nos penáltis) e duas vitórias deram o embalo para o tal salto na classificação. Talvez ainda seja cedo para catalogar de milagre o que a nova equipa técnica tem conseguido, embora o passado no Gil Vicente alimente a tese de que Daniel Sousa começa a especializar-se em salvar aflitos. E a espevitar o moral das tropas.

Além das capacidades técnicas, há detalhes que podem fazer a diferença e nesta passagem por Arouca, segundo contaram a O JOGO, houve um gesto simples que caiu bem no plantel. O grupo tinha o hábito de tomar o pequeno-almoço em conjunto desde o início da época, mas a despesa saía do bolso dos jogadores. Daniel Sousa terá argumentado junto da Direção a importância de manter o hábito, mas pediu que a fatura fosse assumida pelo clube, sugestão que, de início, não foi acolhida. Patrocinar diariamente o pequeno-almoço fugia do orçamento e a indicação, por isso, foi que tudo se  mantivesse na mesma. O treinador insistiu e decidiu que, nesse caso, a despesa do pequeno-almoço do grupo passaria a ser um encargo da sua responsabilidade.  

Face a isto, a Direção arouquense voltou atrás na resposta que inicialmente terá sido dada e decidiu que, sim senhor, os pequenos-almoços seriam grátis. O gesto do técnico foi apreciado pelo grupo e, ainda que seja curto para se depreender daí uma causa-efeito nos resultados que se seguiram, o facto é que, como se sabe, nos quatro jogos já disputados não houve derrotas. Afinal, em Arouca, ainda há pequenos-almoços grátis, naquela que é uma despesa capaz de, a longo prazo, trazer grande lucro.