Bastidores impressionados com abertura de 28 metros no 1-0 na Taça da Liga. O JOGO analisou os números do médio e encontrou bem melhores noutra Taça, diante do Sacavenense.
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Não joga muito, é certo (soma, até ao momento, sete embates oficiais pelo Sporting esta época), mas quando joga... leva a régua e o esquadro para dentro do relvado, ajudando, no meio-campo, a definir uma fase importante do jogo leonino: a transição.
O passe é, neste sentido, o melhor amigo deste protagonista, Daniel Bragança, que na estreia a titular pela equipa principal dos verdes e brancos, diante do Mafra, impressionou tudo e todos quando, aos 64 minutos, levantou uma bola de 28 metros que caiu perfeita no pé esquerdo de Nuno Mendes, ala que depois assistiu Sporar para o 1-0.
Podemos ter mestre neste capítulo? Sim e O JOGO até lhe consegue mostrar o porquê, analisando as prestações do médio internacional pelos sub-21 portugueses.
Ponto prévio: quando se joga mais, as oportunidades de sucesso e falhanço aumentam. Ora, mas no primeiro embate completo que o camisola 68 realizou pela grande montra, o registo parece daqueles jogadores que se limitaram a tocar meia dúzia de vezes na bola: foram 91% de passes certos, mas neste caso 43 num total de 47 tentativas. É também mais complicado fazer um passe de longa distância do que um a curta, mas até aí Bragança mostra ter "tarimba", pois diante da equipa de Filipe Cândido, sete dos oito que executou saíram impecáveis.
Lembra-se da tal perfeição que falámos? Chega noutra Taça, contra o Sacavenense, numa segunda parte em que com compensação, o jovem futebolista atuou 48 minutos: em 29 tentativas de passe, acertou... todas, fossem estes curtos ou a rasgar o campo (neste último capítulo, seis).
Rúben Amorim tem no jovem Daniel um fiel escudeiro, pois nem quando entra na reta finais dos jogos deixa o técnico ficar mal: veja o jogo contra o Gil Vicente, um triunfo (3-1) suado, alcançado na reta final e com uma ação determinante de Bragança, que assistiu Tiago Tomás para o golo que consumou a reviravolta. Aí, "apenas" fez 13 passes, mas acertou em todos - e, afinal, não jogou nem um quarto de hora.