"Dá-me um gozo tremendo, é uma marca da cidade, as pessoas do Braga são muito resilientes"
Declarações do treinador do Braga na antevisão ao jogo frente ao Lusitano de Évora, dos "oitavos" da Taça de Portugal, marcado para as 20h15 de quarta-feira
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Que preparação motivou o Lusitano e que cuidados estão em jogo perante um rival que já fez 'Taça' esta temporada? "Temos de jogar na máxima força, respeitar muito o adversário que eliminou duas equipas da Primeira e uma da segunda, como foram Estoril, Aves-SAD e Académico. O ponto de partida é este, o Lusitano foi analisado da mesma forma que o Benfica. Fizemos o nosso trabalho, não vamos ser surpreendidos de forma alguma. Não vamos ser surpreendidos a nível da atitude, tive a oportunidade de recordar surpresas que já existiram e também de quando comandava o Leixões e conseguimos vencer em Braga, que era muito melhor que o Leixões. Por vezes, uma distração leva a quando se quer retomar o fio do jogo para ganhar, já é tarde. Temos de ir com força máxima e passar a eliminatória que é o nosso objetivo."
Já conquistou a Taça de Portugal em Braga... essa é uma motivação fortíssima chegar ao Jamor? "É uma realidade, não posso fugir dela. Extremamente orgulhoso e contente por ter ajudado o Braga a conquistar um troféu. Não gosto de me concentrar no destino, prefiro no caminho, porque o caminho tem curvas e podemos espetar-nos na primeira curva. Primeiro o Lusitano, este é o nosso foco, temos de apostar tudo para chegar aos quartos."
A instabilidade do Braga voltou a ver-se do jogo com o Benfica para a Liga para o embate da Taça da Liga. Tem sido difícil reparar essa falta de consistência? "Sou uma pessoa positiva, que me foco em coisas positivas. Estive a ver, fomos à Luz vencer o Benfica por 2-1 e isso foi feito faz poucos dias. Foi a quarta vez em 104 anos de história. Foram estes jogadores, este grupo que o fizeram. Com um comportamento coletivo muito forte para um jogo que será extremamente difícil. Se conseguimos fazer coisas , temos de as fazer mais vezes, sendo regulares e consistentes. O desafio é ganhar mais consistência, só recordar que estamos em janeiro e, mesmo aceitando as críticas, dizer que estamos em 4º lugar, ninguém nos levou ao colo à final-four, estamos a discutir o nosso futuro na Taça e a continuidade nas provas europeias. Estamos a lutar por elas, temos estado nas decisões. Num ano de transformações, que não era fácil, estamos a lutar por coisas."
Vendo a saída de Roberto Fernández, as de Guitane e João Marques, e ainda a Wdowik, é sinal que esta época foi mal planeada em termos de reforços? "Não me fica bem, nem em termos éticos, fazer considerações sobre isso. Não gosto de desculpas, sabia das dificuldades, se calhar, não sabia que eram tantas. Quanto mais dificuldades, maior é a motivação, estou extremamente motivado pelo trabalho que estamos a realizar. Dá-me um gozo tremendo, é uma marca da cidade, as pessoas do Braga são muito resilientes, conheço pessoas que caíram e se levantaram, empresas que caíram e se levantaram, o mesmo aconteceu ao clube, caiu e levantou-se forte, até com estrondo algumas vezes. Estamos em diversas frentes."