Estatísticas recolhidas por O JOGO explicitam como o dianteiro está abaixo nas recuperações e nos duelos em comparação aos tempos de Bundesliga, daí a insistência de Jesus na defesa com o alemão.
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Luca Waldschmidt marcou pela Alemanha frente à República Checa - antes da vitória sobre a Ucrânia e a goleada (6-0) sofrida em Espanha - e foi, naturalmente, destacado na Imprensa germânica, cedendo muitas entrevistas.
Em conversa com o "Express", o avançado confirma que o aspeto defensivo é algo que tem de melhorar e que chegou a gerar conflitos com o treinador Christian Streich: "Os dois anos no Friburgo foram muito importantes porque pude jogar com regularidade na Bundesliga. Ainda assim, não foi sempre fácil, pois não concordava sempre com o treinador, daí que ficasse no banco várias vezes. Tinha de lutar pelas minhas características. Sei que ele me queria levar mais longe, mas insistia muito na defesa. Queria que fosse um avançado que defendesse melhor, mas eu só me focava na parte ofensiva. Tive de aprender e pensar muito nisso."
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O JOGO recolheu dados sobre a prestação defensiva do atacante de 24 anos na Bundesliga. Em 2018/19, Waldschmidt teve médias por jogo de 4,3 e 2,2 nos capítulos dos duelos ganhos e nas interceções. Em 2019/20 esses números baixaram, pois o jogador deixou de intercalar entre a ala direita e o centro do ataque, fixando-se como avançado. Sem ter de ajudar o lateral, Waldschmidt passou para 3,8 e 1,8 nos mesmos parâmetros.
No Benfica, porém, fica claro que o nível defensivo está aquém e abaixo do que Jorge Jesus pede a um segundo avançado, daí muitas vezes o técnico insistir com o alemão quanto à agressividade e ao posicionamento. Tem, na liga, 1,4 duelos e uma interceção por jogo. O encontro onde fez mais cortes (3), as águias venceram o Rio Ave por 3-0. "Vir para o Benfica não foi um passo atrás. Tenho a chance de ganhar títulos, de me mostrar internacionalmente", mantém o jogador.