Manuel Cajuda, treinador do Leixões, analisa a O JOGO a "promoção" de Custódio ao comando técnico da equipa principal do Braga.
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1 - O que se pode esperar de Custódio? Será um treinador na linha de continuidade de Rúben Amorim?
- Dos treinadores, podemos esperar tudo e nada. Aquilo que dita a sua qualidade são os resultados e a explanação das suas competências. São pessoas diferentes e têm formas diferentes de olhar o futebol. O Rúben fez poucas jornadas e teve resultados excelentes. Por isso, o Custódio não terá tarefa mais difícil ou mais fácil por ter 11 jornadas pela frente.
2 - É complicado gerir um plantel quando já se é o terceiro treinador da época e se assume o comando no momento decisivo do campeonato?
- Nenhum plantel é difícil de gerir. Agora, gerir um plantel como o do Sporting Clube de Braga, supermotivado pelas exibições e pelos resultados que tem tido, seguramente que é mais fácil. Mais difícil é gerir um plantel que vem de resultados negativos.
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3 - Quando era jogador, Custódio já evidenciava capacidade de liderança para ser treinador?
- Quando foi meu jogador, constatei que é uma pessoa íntegra. Como bom profissional que era, na altura estava muito mais ocupado na sua situação de jogador do que em evidenciar capacidades para treinar. O que se notava era um grande interesse pela profissão e isso normalmente vai gerar uma aprendizagem constante, uma aquisição de conteúdos que depois são fatores importantes quando se decide enveredar por outra carreira, a de treinador. É um homem inteligente e tem todas as condições para teorizar a prática que teve como jogador.