A vitória do FC Porto no Restelo traduziu uma tendência que se tem acentuado nos jogos conduzidos por José Peseiro, que não faz da posse de bola um aspeto incontornável
Corpo do artigo
A posse de bola já não é um predicado essencial na forma como o FC Porto tem gerido os seus jogos, desde que José Peseiro passou para os comandos da equipa. Em metade dos dez jogos que o ribatejano já conduziu, os azuis e brancos já não se impuseram como a equipa que mais tempo teve bola durante os 90 minutos. O jogo do Restelo voltou a comprovar essa tendência, depois de o Belenenses ter chegado ao fim com 54 por cento de posse. Para além da equipa de Julio Velázquez, Borússia Dortmund (duas vezes), Benfica e Estoril, foram os outros jogos nos quais o FC Porto já não conseguiu vincar tanto essa característica como até ali. Em média, José Peseiro tem 53,2 por cento de posse de bola, menos do que os seus dois antecessores no banco.
Até nos quatro jogos orientados por Rui Barros, a posse de bola se revelou uma característica evidente (61,75 por cento, em média), superior até à de Julen Lopetegui, que preconizava a posse de bola como meio caminho andado para assegurar os três pontos. Com o treinador basco, só em duas ocasiões - em Kiev e no Dragão contra o Chelsea - é que o FC Porto não conseguiu impor maior posse de bola. Contra o Dínamo de Kiev a posse dividiu-se (50/50) e frente ao Chelsea só atingiu 42 por cento. Nos 26 jogos à frente da equipa, Lopetegui soma uma média de 59,6 por cento de posse de bola.